Plano Safra 2025/2026 é lançado com foco em transformação ecológica e justiça social

O Governo Federal anunciou na terça-feira (1º/7) o Plano Safra 2025/2026, que destina R$ 516,2 bilhões para o fortalecimento da agricultura empresarial no país. O valor representa um aumento de R$ 8 bilhões em relação à safra anterior e reforça o compromisso com o desenvolvimento do setor agropecuário brasileiro. “Hoje é o segundo dia do lançamento do Plano Safra, que a gente divide, mas que é uma coisa só – públicos diferentes, mas com o mesmo objetivo de fazer o nosso campo se desenvolver, gerando emprego, gerando justiça social, gerando desenvolvimento”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante a cerimônia de lançamento, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Haddad ressaltou que esta é a terceira edição consecutiva do Plano Safra em patamar recorde e que o cenário atual favorece a redução do preço dos alimentos no país. “Nós vamos para o terceiro Plano Safra recorde. Temos a expectativa de colher mais no ano que vem. Sabemos do empenho dos senhores aqui presentes na redução do preço dos alimentos”, disse, dirigindo-se aos representantes do setor agropecuário na cerimônia.

Ele lembrou que a recente deflação nos alimentos já era prevista pela equipe econômica, mesmo quando, no começo do ano, as pessoas estavam assustadas com o aumento dos preços. “Quando o dólar cedesse, ao contrário das previsões de mercado, e quando a supersafra fosse colhida, nós íamos ter uma deflação de alimentos, como aconteceu no mês passado”, destacou.

 Recuperação de pastagens

O ministro também chamou a atenção para a importância das políticas ambientais e da recuperação de áreas degradadas, em especial com o lançamento do EcoInvest, voltado para a recuperação de pastagens, no final de julho. “Nós vamos colher frutos do edital desse programa, que não está no Plano Safra. É uma outra atividade. Nós temos a pretensão de recuperar 40 milhões de hectares. Estamos começando com o EcoInvest com 1 milhão de hectares”, explicou.

Segundo ele, essa iniciativa contribui diretamente para a competitividade do agronegócio brasileiro e para o combate ao desmatamento, valorizando os produtos agropecuários brasileiros. “Você vai poder certificar que aquilo foi feito em solo recuperado, que aquilo tem qualidade ambiental e vai inibir o desmatamento da Amazônia, do Cerrado, que está caindo dramaticamente e que também é um selo de qualidade da produção brasileira”, comentou.

O programa se insere na estratégia do Novo Brasil, Plano de Transformação Ecológica, da Fazenda, que vem ano a ano implementando parâmetros de sustentabilidade para acesso ao crédito mais barato. Quanto mais sustentáveis forem as práticas, melhores taxas elas podem acessar. Isso garantiu até aqui um aumento de 42% no valor total do Plano Safra em relação a 2022 somado a melhora na qualidade da produção do ponto de vista ecológico.

Reforma Tributária e infraestrutura

Além disso, o ministro apontou a Reforma Tributária como um dos maiores avanços estruturais para o setor, prevendo que, quando ela entrar em operação, vai ser um dos maiores impulsos para o campo e para a agroindústria da história do país, reduzindo custos de exportação e investimentos. “Nós vamos parar de exportar impostos, vamos parar de tributar o investimento e vamos ampliar a cesta básica como nunca fizemos na história do país”, garantiu.

Outro ponto enfatizado por Haddad foi o papel da infraestrutura para escoamento da produção e competitividade do Brasil. Ele destacou a melhora da condição de rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos para dar vazão à exportação brasileira. Segundo ele, a meta de concessões do atual governo é muito superior à do anterior, quando foram feitas quatro concessões de rodovias em quatro anos.

União pelo Brasil

Por fim, o ministro da Fazenda defendeu a união em torno de um projeto de um Brasil justo. “Nós queremos que o Brasil cresça muito e ele está crescendo 3% ao ano, em média. O dobro do que vinha crescendo nos 10 anos anteriores. Mas agora é hora de buscar crescimento com justiça social”, enfatizou Haddad.

Celeiro do mundo

O presidente Lula afirmou que o objetivo do governo é elevar ao máximo os ganhos que os recursos do Plano Safra podem gerar para os empresários, para a sociedade e para o país. “Nosso objetivo é consolidar o papel do Brasil como celeiro do mundo”, resumiu. Ele também destacou a importância de investimentos em sustentabilidade e inovação, a fim de ampliar a competitividade brasileira no cenário global.

Também alinhado ao Plano de Transformação Ecológica, o Ministério vem estimulando linhas de crédito que tragam mecanização no campo, garantindo uma produção com maior valor agregado e melhores empregos. São estímulos que passam desde melhoramento genético, a assistência técnica e produção sustentável, que melhoram nossa competitividade e evitam barreiras alfandegárias em outros países. O governo entende que uma produção mais ecológica garante novos mercados e fideliza nossos antigos parceiros.

Já o ministro Carlos Fávaro observou que o governo assegurou condições competitivas de financiamento aos produtores. “Entregamos o maior Plano Safra da história. Fizemos um esforço enorme para preservar o acesso ao crédito, estimular a produção e aquecer a economia. Esse volume de recursos vai impulsionar uma supersafra e garantir o abastecimento de alimentos no mercado interno”, afirmou o ministro da Agricultura.

Força para crescer

Com o slogan “Força para o Brasil crescer”, o Plano Safra 2025/2026 destina R$ 516,2 bilhões em recursos para a agricultura empresarial, valor que representa um acréscimo de R$ 8 bilhões em relação à safra anterior.

Do total anunciado, R$ 415 bilhões serão destinados a operações de custeio e comercialização, R$ 13 bilhões a mais que na safra passada. Outros R$ 102 bilhões vão para investimentos em infraestrutura produtiva, o que representa um crescimento de 51% em relação ao volume executado no último ciclo. Cerca de R$ 114 bilhões serão contratados com juros controlados e equalizados, com aumento de 23% em relação ao ano anterior.

Com informações e imagem – Secom 

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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