Alepa ao gosto do governador

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Conforme adiantado pelo blog, Daniel Santos (sem partido) foi eleito por seus pares quase por unanimidade para presidir a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) no biênio (2019-2020). A votação ocorreu durante a sessão solene de posse dos deputados estaduais e foi realizada em chapa única. O placar da votação ficou com 37 votos a favor, dois votos nulos, uma abstenção e um voto em branco.

O processo eleitoral para a escolha da Mesa Diretora foi realizado para cumprir o rito regimental da Casa, haja vista que tudo já estava previamente acertado. Conforme publicado no blog “As Falas da Pólis”, a composição da nova Mesa Diretora da ALEPA incluiu parlamentares do PR, PSD, MDB, PSDB, PT e DEM e foi composta pelos seguintes deputados: Presidente: Dr. Daniel Santos (sem partido)/ Vice-presidente: Renato Ogawa (PR) / 2ª vice-presidente: Michele Begot (PSD) / 1º secretário: Eraldo Pimenta (MDB) / 2º secretário: Victor Dias (PSDB)
3ª secretária: Dilvandra Faro (PT) e 4º secretário: Hilton Aguiar (DEM).

Dr. Daniel foi definido como presidente não só por ter sido o deputado estadual mais votado nas últimas eleições, mas porque tornou-se um agente político importante em Ananindeua, o segundo maior colégio eleitoral do Pará. E deverá – conforme anunciado previamente pelo blog – em acordo com o governador, ser o candidato de Helder na disputa pela prefeitura do citado município, em 2020.

Se tudo no parlamento se mantiver conforme os planos do Palácio dos Despachos, na próxima eleição da presidência da Alepa, o deputado Chicão (MDB), deverá ser o próximo a presidir o parlamento estadual, uma compensação por ter perdido o apoio de Helder para concorrer ao Executivo de Ananindeua, haja vista que ele é o principal nome do MDB naquele município.

A vitória de Dr. Daniel para presidir a Alepa é a demostração na prática do poder e controle que o governador terá sobre o parlamento. Em novembro, o blog fez o placar de apoio ao governo, tendo como base os eleitos e suas filiações partidárias. Naquele momento (após a eleição) segundo análise do blog, o governo (que ainda nem tinha tomado posse) já – de saída – contava com 29 deputados em sua base, e aguardava ainda quatro indefinições que dependiam de acordos, o que poderá fazer a representação do Executivo no parlamento chegar a 33 deputados. Dois parlamentares ainda não haviam s decidido por qual caminho tomar. A oposição até aquele momento era representada por seis deputados.

Os acordos continuam, mas pelas informações de bastidores levantadas pelo blog, hoje o governo já poderia contar com 36 deputados em sua base. Nunca na história recente do Pará, um governador iniciou um mandato com tamanho controle sobre o parlamento.

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