Helder Barbalho finca posição na RMB. A lição de 2014

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Em janeiro de 2017, o blog já adiantava o que se concretizaria na eleição ao governo do Pará. Sob o título: “Helder Barbalho começa a mudar a estratégia para 2018”, mostrou-se na época, o que o então ministro da Integração Nacional teria que colocar em prática, caso quisesse ser o próximo governador do Pará. Não há mistério ou alguma engenharia político-eleitoral complexa. Helder precisa concentrar seus esforços e presença na Região Metropolitana de Belém (RMB), sobretudo, na capital.

É exatamente o que vem fazendo. A sua agenda está quase toda voltada aos arredores de Belém. Sua presença nas regiões Sul, Sudeste e Oeste do Pará será reduzida, diferente do que ocorreu em 2014. O ex-ministro sabe que sua  derrota na última disputa estadual esteve relacionada diretamente à perda de votos na RMB, ligado à época à sua rejeição, região que reúne 60% de todo o eleitorado paraense.

Na disputa eleitoral de 2014, as regiões Sul, Sudeste e Oeste do Pará deram a Helder Barbalho a vitória nas urnas nos dois turnos. No segundo turno, Simão Jatene diminuiu a diferença nas referidas regiões e ampliou na Região Metropolitana de Belém, vencendo a eleição e tornando-se o único a governar o Pará por três vezes.

Helder Barbalho deverá ganhar novamente nas regiões Sul, Sudeste e Oeste do Pará. E – assim como em 2014 – voltará a perder na RMB e no Nordeste paraense; com a diferença que a supremacia tucana nas citadas regiões deixou de existir. O desgaste do PSDB e aliados aos arredores de Belém cresceu, o que coloca em xeque a importante vantagem eleitoral, que fazia a diferença favoravelmente aos tucanos. Isso pesará muito contra o candidato Márcio Miranda. Se Helder voltar a perder na RMB, diferente de 2014, terá pouca influência (menos do que na última eleição) no resultado final.

Outro ponto favorável ao candidato do MDB é o alto nível de desgaste da atual gestão. Simão Jatene vive o seu pior momento no que se refere ao nível de avaliação. Seu escolhido, Márcio Miranda, ainda é desconhecido da maioria do eleitorado, além da árdua missão de defender um legado desgastado.

Helder Barbalho manterá a sua estratégia, centralizada na RMB, o maior colégio eleitoral do Pará, e que foi o maior responsável por sua derrota, em 2014. Seu vice, Lúcio Vale, faz parte dessa composição político-eleitoral, sendo o seu “salvo conduto” no maior colégio eleitoral paraense. A estratégia está correta e parece funcionar na prática. As próximas pesquisas deverão validar e confirmar a referida estratégia. As lições de 2014 parecem terem sido entendidas.

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