Helder e o protagonismo ambiental. Tem método

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Conforme abordado recente por este Blog, o governador do Pará, Helder Barbalho deixa claro que já desenvolve uma linha de ação para além dos seus atuais limites de atuação política, neste caso,  o território paraense. No artigo “Para além do Palácio”, este articulista tenta modestamente expor essas ações e prever conjunturas sobre futuras estratégias políticas e eleitorais do atual mandatário da política paraense. Tem método a questão tratada novamente por este blog.

Helder Barbalho percebeu que havia um vácuo no discurso ambientalista entre os governadores da região e, por isso, assumiu esse protagonismo, de ser um porta-voz, ou concentrar em si a responsabilidade de articulação política e a narrativa no âmbito dos entes federativos, tal questão. A Ciência Política nos ensina que, em política, não há espaços sem controle, neste sentido, não há vácuo. Assim sendo, Helder assumiu esse posto e, até o momento, o exerce bem. Isso se refletiu, por exemplo, em aparições nacionais em grandes veículos de comunicação nacional e internacional. Não há dúvida que o governador do Pará é o principal articulador entre os gestores estaduais quando se trata de Amazônia, em especial na pauta de sustentabilidade.

Há tempos que um governador paraense não atinge tal nível de protagonismo político. O herdeiro político de Jader, visualiza novos projetos que vão além dos seus atuais limites institucionais. A pauta ambiental está sendo e ainda será grande mola propulsora ao governador do Pará no plano da política nacional. E essa projeção já chegou ao exterior. 

Há dois meses este Blog tratou e – modestamente – antecipou o processo de isolamento que os governadores da Amazônia Legal irão impor ao Palácio do Planalto em relação à questão ambiental. Além da falta de ações do governo federal no tocante aos processos de desmatamento e queimadas nos meses de agosto e setembro, a narrativa produzida pelo presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, produziu a quebra na relação de financiamento e manutenção de fundos e projetos em defesa do meio ambiente, como o Fundo Amazônia, que ao ser suspenso, retirava dos estados amazônicos um considerável volume de recursos. Sobre essa análise, clique no link para acessá-la “A questão ambiental começa a isolar o Palácio do Planalto do Brasil” 

Helder Barbalho sabe que a sua ação em direção à questão ambiental, se exitosa, deverá lhe projetar politicamente. E esse é o seu objetivo. Desde cedo se prepara para ser, primeiramente, o maior político da história do Pará e, depois, quem sabe, descer em Brasília (algo, aliás que já está em curso, dentro da estratégia descrita aqui e apresentada em outro artigo), haja vista, que já passou a chancela do irmão, Jader Filho, a direção estadual do MDB. Helder já saiu há tempos da sombra do pai, que o projetou, mas hoje já não há essa dependência política. O governador já realizou o sonho de seu gerador ao chegar ao cargo máximo da política paraense. Agora, Helder busca voos maiores. Ele sabe onde quer chegar. 

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