Simão Jatene barrou Helder Barbalho em Belém

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Em mais um capítulo pela disputa de poder no Pará, entre tucanos e peemedebistas, outro fato ocorreu, que demonstra o baixo nível em que ocorre esse “cabo de guerra”. Na última quarta-feira (1) por determinação do presidente Michel Temer, os ministros de governo seguiram aos seus estados para promover ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças. Helder, definiu como local alternativo o Colégio Militar em Belém.

As primeiras informações davam conta que o governador Simão Jatene barrou o ministro, quando foi divulgado que a palestra seria em uma escola da rede estadual. Não teria concedido autorização para a ação nas dependências de instituições públicas estaduais. Por isso, a opção da realização em escola militar, de gerenciamento federal. Na ocasião, não houve envio por parte do governo do Estado de nenhum representante. Portanto, o racha político entre os dois grupos políticos começa a ultrapassar qualquer ação de ordem institucional e republicana.

A ausência do governador repercutiu em alguns dos principais sites do país. Um dia antes da ação, a coluna Radar On-Line, da Veja, noticiou que Jatene havia vetado a presença de Helder em uma escola estadual, no Estado.

Segundo o jornalista Maurício Lima, o governador decidiu partidarizar a situação. “Na sexta (2), cada ministro do governo terá de visitar um estado e dar uma palestra contra a dengue. Responsável pela pasta da Integração Nacional, Helder Barbalho escolheu uma escola estadual do Pará, onde não por acaso está sua base eleitoral. Ele, no entanto, foi prontamente vetado pelo governador do estado, Simão Jatene (PSDB), seu inimigo político”, informava a publicação. Ontem, foi a vez da página eletrônica da revista Época repercutir a ausência de Jatene da mobilização contra o mosquito Aedes aegypti. Segundo o jornalista Murilo Ramos, o governador havia desistido de participar do dia D “para não encontrar o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, seu adversário político”.

É neste nível ou desta forma que se monta o palanque político para a disputa estadual, em 2018. Helder Barbalho é declaradamente candidato ao Palácio dos Despachos e Simão Jatene tem a importante função de manter a dinastia tucana (haja vista que não poderá ser candidato por ter sido reeleito. Deverá ser candidato ao Senado) que completará em 2018, duas décadas, 16 anos de forma ininterruptos.

Aliado aos tucanos, jornal O Liberal, o principal veículo impresso das Organizações Romulo Maiorana (ORM) aumentou os ataques ao filho de Jáder. Nas páginas do referido periódico diário será incorporada a pauta, os ataques ao ministro. Sem Jatene e ainda sem nomes certos, a dinastia tucana está seriamente ameaçada. Helder Barbalho é favorito, resta saber como o herdeiro político de Jáder chegará politicamente para a disputa, daqui há dois anos.

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