Em agosto do ano corrente, neste blog, já afirmava que, por conta da disputa eleitoral grande parte dos serviços ou atribuições públicas iriam hibernar, ou seja, teriam a sua capacidade de produção prejudicados ou diminuídos, seguindo o rito da nossa cultura política. Desde o início do 2º semestre a “Casa de Leis” já diminuiu consideravelmente o seu ritmo de trabalho concentrado na única sessão semanal. A justificativa era que os parlamentares estavam em disputa eleitoral, por isso precisavam de tempo para suas campanhas, já que todos os 15 legisladores buscavam à reeleição e apenas oito deles se manterão em seus cargos (entre titulares e suplentes).
Agora, após a disputa, o referido poder, mantém o baixo ritmo e a tendência é piorar nos últimos dois meses da atual legislatura. A última sessão (04) já foi resumida a falas sobre o processo eleitoral e agradecimentos dos parlamentares. A de hoje (11) foi “enforcada” pelo feriado nacional. Ou seja, o mês de outubro se encaminha para o seu encerramento e quase nada de produtivo foi realizado pelos vereadores. O último grande expediente foi para votar a suplementação orçamentária ao governo Valmir, na última sessão do mês de setembro.
No Palácio do Morro dos Ventos, a realidade não é diferente. Há relatos que serviços básicos como recolhimento de lixo não estão sendo realizados corretamente ou regularmente como haviam ocorrendo. Asfaltamento de ruas estão paradas, obras que estavam sendo executadas não foram retomadas. No prédio encravado no sopé do morro dos ventos, tudo anda calmo, sem maiores movimentações ou ações. Parece que as secretarias municipais estão em “stand bye” só esperando chegar ao fim do ano para fechar as portas e entregar as chaves as novas autoridades. A transição de governo ocorrerá?
Parauapebas por suas necessidades e demandas não se pode dar ao luxo de ficar durante dois meses e meio nesse marasmo político. O município requer que as suas atuais autoridades continuem a promover políticas públicas, independente de resultados eleitorais. A atitude republicana deve prevalecer pelo bem de milhares de pessoas que moram e vivem na “capital do minério”.