Sérgio Moro atualmente está filiado ao Podemos, com intuito de disputar a eleição presidencial. O ato de filiação do ex-juiz e ex-ministro do governo Jair Bolsonaro ocorreu em um grande evento em novembro de 2021. Sua entrada na citada legenda não foi um ato abonado de forma majoritária. Muitos se colocaram contra a sua chegada. Alguns parlamentares ameaçaram sair com a chegada de Moro.
As pesquisas mostram que o ex-magistrado se consolidou na terceira posição, porém bem distante de Jair Bolsonaro (PL), o segundo colocado. Por outro lado, Moro se posiciona na dianteira quando se reúne os pré-candidatos da chamada Terceira Via. Portanto, sua intenção de concorrer ao Palácio do Planalto ainda é viável. A questão é que essa viabilidade tem prazo.
Segundo o que se soube recentemente, o ex-juiz esperará até março para decidir se manterá ou não a sua candidatura à Presidência da República. Tudo porque até lá se terá um parâmetro sobre os seus números nas pesquisas. Moro precisa, minimamente, atingir 20% das intenções de voto. Pelo menos, encostar no atual presidente. Caso contrário, a candidatura ao Senado Federal poderá ser a alternativa.
Além disso, há outra questão: partido. O Podemos já não parece ser o melhor caminho. Dirigentes da legenda trabalham para evitar uma debandada. O motivo para eles: o baixo desempenho eleitoral do ex-magistrado nas pesquisas de opinião. Nos levantamentos mais recentes, Moro aparece com somente 8% das intenções de voto.
Informações dão conta que o ex-juiz abriu diálogo com o União Brasil, partido que nasceu do resultado da junção de duas outras siglas, o PSL e DEM. Os cientistas políticos afirmam que essa junção tende a se tornar uma grande legenda após as eleições. Contudo, deverá ocorrer também resistência no recém-criado partido.
Tudo gira em torno do que foi e fez Sérgio Moro. Seu discurso contra o sistema político, mesmo se colocando como um agente do meio, pois é candidato, mesmo ainda sem se saber para qual cargo. Há diversos parlamentares espalhados por diversos partidos que são ressentidos com o ex-juiz. Para muitos, o ex-ministro de Bolsonaro é um corpo estranho no jogo político. Essa é a questão principal que dificulta a sua aceitação em partidos. Quem quer Moro?
