Rapidinhas do Branco – CXL

SOB PRESSÃO

O secretário de Segurança, Hipólito Gomes, agora terá que mostrar a que veio, ou confirmar o que já se comenta nos corredores: que “não tem moral” para comandar a pasta. Após a grande repercussão envolvendo uma agente do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT), acusada supostamente de vender motocicletas apreendidas, recai sobre o secretário a responsabilidade ética e administrativa de investigar o caso com seriedade. A principal dúvida é: quem autorizou a saída da motocicleta do pátio? Para que um veículo apreendido seja liberado, é necessária autorização formal. Esse ponto levantou questionamentos entre vereadores e parte da população, que agora aguarda os desdobramentos dessa investigação.

LÍDER EM DEFESA I

Durante a sessão desta segunda-feira, 27, o vereador e líder de governo, Léo Márcio, saiu em defesa do governo Ramos com veemência. Sobre o caso do DMTT, o parlamentar afirmou: “NÃO PODEMOS PRODUZIR UM LIXAMENTO. A GENTE SOZINHO NÃO TEM O PODER DE PUNIR E DE DIZER O QUE ACONTECEU.” A fala soou de forma autoritária para parte da Casa de Leis e do público, já que a Constituição Federal garante o direito de manifestação popular e o acompanhamento de atos públicos. A população tem direito de cobrar, fiscalizar e questionar, especialmente quando o assunto envolve interesse público.

LÍDER EM DEFESA II

Outro ponto que chamou atenção foi a mudança de discurso do mesmo vereador a respeito do Processo Seletivo Simplificado (PSS). Na semana passada, Léo Márcio defendia a continuidade do processo “com unhas e dentes”. Já na sessão desta segunda-feira (28), o parlamentar adotou outro tom, defendendo o cancelamento do certame. Segundo ele, seria mais interessante contratar uma empresa especializada para conduzir a seleção, garantindo mais transparência e evitando favorecimentos.

FISCALIZAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

O governo Ramos vem sentindo na pele o que é ser fiscalizado de verdade, desta vez com denúncia no Ministério Público (o que não acontecia), pois antes se resumia aos berros em lives. O ex-vereador e atual prefeito, que por diversas vezes pregou a tal moralidade, dizendo lutar contra o sistema e ser o fiscal do povo, agora vive o lado contrário dessa narrativa. Esse discurso serviu muito bem durante a campanha eleitoral. Porém, agora no poder, Ramos sente o que é ser cobrado. Não é apenas a oposição fiscalizando, é parte da própria população, inclusive, muitos dos 92 mil votos que lhe deram o voto de confiança, estão acompanhando cada passo do governo.

ANTECIPAÇÃO DE DISPUTA

A presidência do vereador Anderson Moratório (PRD) só se encerrará no final do próximo ano. Todavia, com um mandato apagado e sem identidade, fomentou e antecipou a disputa nos bastidores pela sua cadeira. Como não existe “almoço grátis”, o que se fala nos bastidores é que o vereador Léo Márcio trabalha junto aos seus pares e cobrando apoio do governo tal definição. Pelo visto, o exercício da liderança emitiu a fatura.

SÍNDROME DE IMPERADOR 

Como sempre foi falado nesta coluna, o prefeito Aurélio Ramos se tornou refém do próprio personagem que criou, tendo dificuldade de se desvencilhar do papel teatral que exerce, que se torna incompatível com o importante cargo que exerce. Anteontem, 27, em frente a seccional de polícia o mandatário voltou a externar todo o seu instinto primitivo. Faltou lembrar que pouco pode fazer em relação aos integrantes da Polícia Civil. Ganhou apenas uma nota de repúdio.

EMENDAS 

Tem vereador que se reelegeu no limite. Para conseguir se manter na Casa de Leis teve que se endividar com “Deus e o mundo”, incluindo ameaças veladas dos que ainda esperam receber. Vem se fingindo de morto nessa legislatura. A tática é clara: quanto menos aparecer, melhor. Só irá mesmo levantar da cadeira para receber as emendas que tem direito e que o salvará de algumas enrascadas.

SUPLEMENTAÇÃO EM PAUTA

A suplementação orçamentária solicitada pelo Governo Ramos aos vereadores (fato normal e recorrente todos os anos) foi o assunto da semana no tabuleiro político da capital do minério. O embate político foi fervoroso, todavia, a solicitação não foi nada diferente do que sempre se fez em outros anos.

PROMESSA CUMPRIDA 

Entre diversas promessas feitas em campanha e que não foram cumpridas, uma ao menos, está sendo executada e, de quebra, vem fazendo muito bem aos parauapebenses: vereadores sem secretarias, terceirização que era comum em gestões passadas. Esse, sem dúvida, é um grande legado que o prefeito Aurélio Ramos faz valer até aqui.

NOVA CARA

A de se reconhecer que aos poucos a cidade vem ficando mais atrativa aos olhos dos que circulam pelas ruas, com pintura de meio fio, roço, limpeza, o problemático lixo, pelo visto, deixou de ser pauta da oposição. Em meio a problemas de gestão, a experiência gerencial de Herlon Soares vem transformando aos poucos a manutenção diária da cidade. A Secretaria Municipal de Urbanismo (Semurb) vem se destacando. Menos mal.

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

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