Tudo por e para Izabela

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Saudações caros amigos leitores. Depois de alguns dias de recesso deste veículo de comunicação, retorno com força total. O ano que se inicia será muito intenso, sobretudo, no aspecto político, haja vista, que teremos eleições, o que torna a pauta do blog intensa. Além do blog e a coluna semanal no Portal F5, estarei indo para um novo projeto (de maior abrangência) no decorrer do ano. Aguardem as novidades.

Desejo a todos um ano proveitoso e agradeço a companhia. Vamos ao texto:

Não é novidade e o caso vem causando repercussão no meio político da capital do Pará e vai se espalhando pelo território paraense. O governador Simão Jatene (PSDB) definiu como principal projeto político para o ano que se inicia a eleição de sua filha, Izabela, para uma das 17 cadeiras da bancada federal do Pará.

Izabela desde quando o pai reassumiu o Poder Executivo paraense, após o governo petista de Ana Júlia (2007-2010), esteve no governo. Foi crescendo progressivamente em importância e influência. Assumiu a presidência da Fundação ProPaz, voltada para o atendimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Em seguida, meses depois, no fim do primeiro semestre de 2015, assumiu a então criada Secretaria Extraordinária de Integração de Políticas Sociais. Segundo nota emitida pelo governo à época: “Entre as atribuições da Secretaria Extraordinária de Integração das Políticas Sociais está a promover o aprofundamento da política de integração dos programas desenvolvidos pela administração estadual que atuam na área social, hoje executadas por diversas secretarias como Secretaria de Saúde, Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, Propaz, Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), entre outros. O objetivo é integrar ações para monitorar e ampliar ações tendo como meta elevar o Índice de Progresso Social (IPS)”.

No fim de abril de 2017, Izabela Jatene foi exonerada e nomeada para uma nova estrutura institucional do governo de seu pai: a Secretaria Extraordinária de Estado de Municípios Sustentáveis, segundo a publicação do Diário Oficial do Estado (DOE). A referida secretaria nasceu e se configurou sem estrutura física, mas com poderes institucionais extensos. A pasta irá articular ações com outros órgãos do Estado para instituir o Programa Estadual de Fomento ao Desenvolvimento Municipal – Municípios Sustentáveis

A estratégia política de Jatene é clara: aumentar a relação com prefeitos. Criar condições de relacionamento permanente com os mandatários municipais, com a sua filha a frente do processo. O governador sabe que o atual ministro da Integração Nacional Helder Barbalho avança politicamente sobre os prefeitos e remaneja volumosos recursos de seu pomposo ministério para os municípios paraenses. Por isso, Simão resolveu se mover. Sair do seu marasmo alimentado por seu amplo e confortável gabinete no Palácio dos Despachos e fazer política de base, com os prefeitos, que são excelentes cabo-eleitorais. O governador sabe que a dinastia tucana está em risco. Mas não é ele que fará a relação política com os agentes municipais. Essa função será realizada por sua filha, Izabela, afim de construir as bases de sua candidatura a deputada federal. Jatene que nos próximos anos, no máximo em uma década (caso se candidate a um cargo legislativo e ganhe) ficará na vida pública. Passará o “bastão” para a sua filha, mantendo a influência política da família.

Claro que toda essa engenharia montada não é bem vista por deputados estaduais e federais da base governista. Menos ainda pelos tucanos que pleiteiam apoios e oportunidades eleitorais. A insatisfação é geral. Essa equação política-eleitoral é mais um “nó” que Simão Jatene terá que resolver (além da sua indicação para a sua sucessão). Aguardem por novos capítulos.

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