Ultimato a Ciro Gomes

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) havia dado um ultimato a Ciro Gomes, seu pré-candidato ao Palácio do Planalto, em 2022. Ou o ex-governador cearense atinge até o fim de março, 20% das intenções de votos, ou o partido deixaria de ter candidatura própria e começaria a discutir apoio a outro candidato, este do campo de Centro-Esquerda. A questão é, com certeza, Ciro não chegará ao mínimo proposto. Sua margem nas pesquisas varia entre 8% a 11%.

Assim como escrevi em 2018, novamente Gomes ficará pelo caminho em sua quarta tentativa de chegar ao posto político mais alto do país. No campo que se acostumou chamar de “Terceira Via”, ele é o mais bem colocado, empatado com o ex-juiz Sérgio Moro em alguns levantamentos, mas isso, como já se mencionou aqui, não garante a sua manutenção na disputa presidencial.

Em outubro de 2021, escrevi um artigo sobre Ciro, afirmando que ele precisava “envelhecer”, para que assim buscasse outra postura, já que, a que demonstra há anos, não lhe serve para governar o Brasil. Justiça seja feita, o citado tem um dos currículos mais invejáveis dentro da esfera pública brasileira. Foi prefeito, deputado estadual, federal, governador e ministro de Estado. Entre uma eleição e outra trabalhou na iniciativa privada, sempre em cargos relevantes. Poucos tiveram a trajetória do cearense, que nasceu no interior de São Paulo. Mas, como sempre, repetindo o que sempre aconteceu em disputas anteriores, se perde por seu temperamento.

A pré-candidatura presidencial de Ciro não é uma unanimidade nem mesmo dentro do PDT. Ela se mantém de “pé” pela importância do ex-governador cearense no tabuleiro da política nacional, mas se sabe que o ex-governador tem um teto, atualmente, muito abaixo do esperado pelo partido.

Em meio a devaneios, o simplismo, a resolução por frase de efeito, Ciro é um nome que reúne a maior experiência gerencial entre os pré-presidenciáveis. O maior problema para a sua candidatura, parece ser ele mesmo. Se o PDT seguir o que prometeu, ou seja, desistir da possibilidade de ter um candidato próprio, sem atingir até o fim de março 20% nas pesquisas, o que, convenhamos, não deverá ocorrer. Portanto, mais uma vez, Ciro Gomes ficou pelo caminho. Já pode, se quiser, reservar passagens áreas para a capital francesa.

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