O ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), pré-candidato à Presidência da República, teve uma semana bem favorável para as suas pretensões políticas-eleitorais. Pesquisas apontam que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) continua com a sua popularidade embaixa, ou seja, não consegue subir. O ex-presidente Lula estacionou nos seus 42%, não demonstrando tendência de crescimento.
O cenário eleitoral para o próximo ano se desenha com Lula no segundo turno, a espera de seu adversário que até aqui, tende a ser Jair Bolsonaro. A questão é que a pré-candidatura de Moro foi muito bem aceita pelo mercado financeiro e pela grande imprensa. Criou-se em torno do ex-ministro, a ideia de que ele seja o melhor nome para representar a chamada Terceira Via, formada pelo eleitorado que não quer nem Lula, nem Bolsonaro.
Segundo a pesquisa do Instituto Ipespe, o ex-juiz hoje teria 11% das intenções de votos, ultrapassando Ciro Gomes (PDT) que teria dois pontos a menos, o que os tornaria empatados se considerarmos a margem de erro. Esse mesmo levantamento, apontou queda de dois pontos do atual mandatário nacional, que agora teria 25%.
O título deste artigo faz sentido por conta dos últimos acontecimentos. O ex-presidente Lula andou “deslizando” em suas últimas entrevistas, em que defendeu o regime autoritário de Daniel Ortega na Nicarágua, comparando o seu tempo de governo com o da chanceler alemã Angela Merkel. Já Jair Bolsonaro continua produzindo asneiras verbais dentro de sua bolha, além da economia do país está em frangalhos, o que lhe tira popularidade.
Moro reúne em torno de si os descontentes, bolsonaristas arrependidos que não migraram para o petismo, portanto, esperavam uma candidatura que pudesse manter suas ideologias e a temática de combate à corrupção. Tema que o pré-candidato do Podemos mais trata em suas aparições públicas.
Todavia, falta ao ex-magistrado base de conhecimento sobre diversos outros temas. Fica evidente que ainda terá que se aprofundar muitos sobre saúde pública, educação, política econômica, terras indígenas, por exemplo.
Lula parece ter atingindo o seu “teto”, Bolsonaro não cresce, se resume ao seu nicho eleitoral (25%). Os bolsonaristas precisam ficar atentos. Deixarem Lula de lado. O petista já está no segundo turno. A questão é saber se Sérgio Moro continuará a crescer, se o cenário que lhe é favorável é sustentável. Os próximos levantamentos dirão. A ver.