Vice de Bolsonaro

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Se o assunto em torno de quem será o vice na chapa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse tratado há dois meses, o assunto logo seria encerrado, pois a definição estava dada. O ex-ministro da Defesa, Braga Netto, do PL, estava mais do que certo, inclusive com total anuência do mandatário nacional, que sempre defendeu uma chapa militar pura.

Todavia, com a atual situação eleitoral que as pesquisas apontam, estrategistas políticos afirmam que o melhor é se fazer é buscar um nome fora do circuito militar, de preferência uma mulher (agregando votos do segmento que Bolsonaro mais perde: público feminino). Neste sentido, se fortaleceu a possibilidade da ex-ministra Tereza Cristina, filiada ao PP, compor a chapa presidencial, abrindo mão, portanto, da sua candidatura ao Senado pelo Mato Grosso do Sul.

A ex-ministra em questão teria a função não só de atrair o público feminino, mas aproximar ainda mais setores econômicos, como o agronegócio, que em parte, deixou de apoiar incondicionalmente o presidente Bolsonaro.

Seu nome é bem visto e até validado por Bolsonaro. A questão atual não é se Bolsonaro quer ou prefere como vice, mas a necessidade de agregar votos, sobretudo, o feminino. O que se sabe é que uma chapa militar pura não expandiria a intenção de voto ao presidente, manteria a sua base de apoio, não expandindo-a como o cenário político-eleitoral atual requer.

Outro nome feminino que vem sendo defendido é o da também ex-ministra Damares Alves, que segue em sua pré-candidatura ao Senado Federal pelo Distrito Federal, pelo Republicanos. A questão é que ele enfrenta uma disputa acirrada, não tendo a garantia de vitória. Seu nome como vice seria uma possibilidade para aumentar a adesão dos evangélicos à campanha presidencial de Bolsonaro.

Enquanto Lula já definiu o seu vice, optando pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), Jair Bolsonaro ainda estuda o melhor nome para quem sabe, ser o novo ocupante do Palácio do Jaburu.

Imagem: GZH. 

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