Daniel Santos (PSB) se reelegeu prefeito de Ananindeua com uma votação histórica. Tal fato é irrefutável. Foram 229.930 indicações nas urnas, 83,48% dos votos válidos. Apesar do governador Helder Barbalho ter lançado três candidatos de sua base com claro objetivo de evitar um massacre nas urnas, tal estratégia se mostrou ineficaz.
Todavia, a vitória estrondosa de Santos ocorreu sob um alto custo político. Primeiro, pelo rompimento com aliados históricos, como o ex-prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro, considerado o seu “padrinho” político. Outro nome que frequentava livremente a residência do atual mandatário ananindeuense, que é, inclusive, seu padrinho de casamento, o deputado estadual Erick Monteiro, que hoje não passa nem na frente da casa de Daniel. A dupla tucana declarou-se oposição após se sentirem desprestigiados durante a pré-campanha, quando não conseguiram emplacar o vice na chapa de Daniel, nome que foi definido pelo próprio prefeito sem consultar os citados aliados, que tiveram que aceitar uma escolha “caseira”: o advogado Hugo Atayde.
Além de terem rompido com Daniel, Erick e Pioneiro declararam apoio à candidatura de Igor Normando a prefeito de Belém, enquanto Santos se aliou a Éder Mauro, que acabou perdendo a disputa, escancarando de uma vez por todas o rompimento do trio.
Daniel Santos não esconde de ninguém que pretender ser o próximo governador do Pará. A questão é que o mesmo é conhecido por não cumprir acordos e abandonar aliados pelo meio do caminho. Exemplos não faltam. Palavra e cumprimento de acordos em política são imprescindíveis. Em 2026, no caso de Daniel, farão falta.
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