Em meio ao caos, a futilidade prevalece

O governo do presidente Jair Bolsonaro caminha para fechar o seu primeiro semestre, e o que se viu até aqui é uma gestão que ainda não apresentou um projeto de desenvolvimento ao país. A equipe do campo econômico, chefiada por Paulo Guedes, o ministro da Economia, vem promovendo ações para implementar as mudanças prometidas ainda em campanha, a saber: reformas, sobretudo, a previdenciária; e o direcionamento neoliberal, com a redução da interferência estatal na economia. Após a fase da reforma da Previdência, deverá ser colocado em prática um amplo programa de privatização de fazer inveja aos neoliberais da década de 1990, iniciado no governo Fernando Collor e continuado no de Fernando Henrique Cardoso.

Mas até o momento, não há projetos ou ações que visem combater os problemas crônicos brasileiros, em especial o alto índice de desemprego, que não foi promovido por este governo, mas que já há tempo para as primeiras mudanças positivas. A economia mantém-se estagnada. Guedes propagada aos quatro ventos que o país só voltará a crescer depois das reformas. Antes disso, não há possibilidade.

Em contrapartida, o presidente segue cumprindo a sua agenda pautada nas promessas de campanha, ou seja, governa para o seu eleitorado, e não para o país como um todo, algo que o cargo que ocupa exige. Sem ações concretas, o que resta ao Palácio do Planalto é governar via medida provisória, como, por exemplo, a que altera o tempo de validade da carteira nacional de habilitação; multas; cadeirinhas; posse de armas, etc. Uma agenda restrita a quem apoia, e quem votou, mas que na prática nada ajuda ou melhora, por exemplo, a economia, ou a geração de emprego.

Governo promove uma agenda de futilidades, com objetivo claro de “gerar conteúdo”, “movimento”, buscando apaziguar a pressão que aumenta a cada dia. Entre todos os ministros, a crise maior está na Educação. Em cinco meses, já foram três trocas na direção do INEP, e o MEC já está em seu segundo ministro. O que foi feito? Nada. O referido ministro se resume (de forma até teatral) a combater ideologias, neste caso, as de Esquerda. De concreto o famoso contingenciamento de verbas. 

No campo das relações exteriores, o que temos? Um desarranjo e caminhamos para o isolamento comercial (em um mundo globalizado, isso é o fim, além de não não ser algo praticável), aliado a isso a questão da dependência econômica em relação aos Estados Unidos, a quem o atual presidente brasileiro demonstra total submissão. Ernesto de Araújo é um chanceler figurativo, todos sabem, quem manda é Eduardo, filho do presidente.

Neste fim de semana, a jornalista Eliane Cantanhêde, escreveu em sua coluna semanal no jornal Estadão, sob o título: “Na contramão a 100 km/h”, em que trata de sua sequência de retrocessos que o governo Bolsonaro vem apresentando. “O presidente Jair Bolsonaro anuncia o fim da “indústria da multa”, mas pode estar reforçando a “indústria da morte” com a obsessão pelas armas, o estímulo para converter carros em armas e a sensação de que, ao virar presidente, está livre para tornar suas convicções pessoais em agenda de Estado”, destaca a referida jornalista. 

O governo centra na questão de costumes e modos. Seu campo ideológico produz ações neste sentido, aliado à narrativa bélica. Enquanto isso, 14 milhões de pessoas continuam sem perspectivas, acompanhando de longe as futilidades as quais o governo se agarra e tenta – através delas – fingir que governa.

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