Zenaldo reeleito, quem perdeu foi Belém

O prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) continuará dando as cartas políticas em Belém pelos próximos quatro anos (dois pelo menos, caso seja o escolhido para suceder a Jatene, em 2018). Mais de 52% dos eleitores belenenses manifestaram esse desejo e pelo respeito ao jogo democrático, o resultado é legítimo e deve ser aceito. Os meandros nada republicanos da disputa, devem ser reclamados a justiça, caso seja necessário pelas partes prejudicadas.

O que cabe agora é analisar o futuro da capital do Pará, haja vista, a sua caótica situação. Zenaldo já é considerado o pior prefeito dos últimos 30 anos, desbancando até Duciomar Costa que tinha tudo para ostentar tal reconhecimento por muito tempo, antes da gestão tucana começar, em 2013. Nem o mais negativo petista ou peemedebista poderia pensar ou desejar uma gestão tão ruim, como – de fato – está sendo a passagem do PSDB pelo Palácio Antônio Lemos. E ainda teremos mais quatro anos de Zenaldo e seus fantasiosos “3 S”.

Todas as promessas firmadas na campanha de 2012 não foram cumpridas. E nesta campanha foram novamente reafirmadas e novos compromissos foram acordados. Qual a garantia que possam ser efetivados? Se Zenaldo sair candidato ao governo estadual, em 2018, Belém poderá ser governada por Orlando Reis, vice na chapa que venceu as eleições. Pior cenário, impossível.

Se Edmilson vencesse a eleição, Belém não seria a melhor capital de se viver e nem um exemplo ao Brasil de gestão pública. Mas pelo menos, poderia ter outra forma de governo, novas ações, modelo mais inclusivo e democrático de gestão. Poderia ter um governo mais popular, voltado ao combate efetivo do abismo social que Belém se tornou. Mais um governo progressista que foi sepultado, a exemplo de vários pelo Brasil nesta eleição.

Zenaldo Coutinho que tem em sua história política, reconhecido trabalho no legislativo em suas diversas esferas, se mostrou incapaz e até incompetente à frente de um poder Executivo, ainda mais na condição de prefeito de Belém. Não há expectativa de melhoras e isso não se trata de atitude reacionária ideológica ou ataque gratuito, mas sim a utilização da realidade como base analítica.

Belém seguirá a sua triste sina de continuas gestões ruins que promovem atrasos e sequestram a possibilidade de desenvolvimento, sobretudo, aos milhares de belenenses que vivem à margem da cidadania, nas numerosas periferias da capital paraense. Pobre Belém.

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