Na semana passada, um fato chamou atenção e tenderá a promover ressonância em diversas direções, entre elas a que segue em direção à capital do Pará, especificamente em relação à disputa pela Prefeitura de Belém. Como é sabido, o senador Zequinha Marinho deixou o PL, após divergências internas com dirigentes e parlamentares da legenda, em especial os deputados federais Éder Mauro e Caveira. O destino do ex-candidato ao governo do Pará foi o Podemos, que no Pará estava controlado pelo deputado estadual licenciado e atualmente secretário de Cidadania, Igor Normando.
Esse movimento de ida de Marinho ao Podemos terá diversas consequências, dentre elas, a possibilidade da legenda ser um caminho natural para os que se colocam na oposição, mas não querem se manter ou se filiar ao PL. A outra é evidente: saída de Normando do partido. Seu destino poderá ser o MDB, o que reforça a ideia (além do movimento de ter se tornado secretário de governo em uma área de grande importância para a gestão e ao jogo político) de que possa ser o candidato do governador Helder Barbalho ao Palácio Antônio Lemos, no próximo ano.
A troca de partidária de Zequinha colocará o Podemos na oposição ao governo estadual paraense, retirando, portanto, a legenda da base de Helder. Marinho quer a presidência estadual do partido. Afirmou (para encerrar qualquer dúvida sobre a sua futura atuação política) que se manterá na oposição aos governos federal e estadual. Quer criar a Frente da Direita Paraense, que terá como base política, pautas cristãs, de Direita e conservadora.
Vale lembrar que Zequinha Marinho já presidiu por um longo tempo o Partido Social Cristão (PSC), que foi incorporado ao Podemos. O que se espera é que a entrada de Marinho na referida legenda provoque a saída de diversos integrantes. Contra Zequinha pesa a pecha de inconfiável.
Nesse meio, a ida de Normando para o MDB, poderá credenciá-lo mais ainda a disputar o Palácio Antônio Lemos, em 2024. A ver.