A tão esperada primeira pesquisa registrada do Instituto Data Populi foi divulgada na noite desta segunda-feira, 19. O levantamento aplicou 1.062 questionários entre os dias 15 e 17 de fevereiro, com margem de erro de 3% para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. Sendo registrado sob o número 06168/2024 junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os números divulgados não apresentaram grandes surpresas. Novamente, o vereador Aurélio Goiano (PSD) continua liderando com certa folga sobre os demais pré-candidatos. O atual presidente da Câmara Municipal, Rafael Ribeiro, do MDB, segue sem segundo lugar (sendo o primeiro mais bem colocado quando se compara os pré-candidatos da base do prefeito Darci Lermen).
Espontânea
Quando não se apresenta os nomes em lista dos pré-candidatos ao entrevistado, o chefe do Poder Legislativo se consolida em segundo no geral, e em primeiro dentro da base governista, com 7%, quase o triplo do terceiro colocado. Neste quesito, a pesquisa mostrou que os que pretendem votar Branco/Nulo atinge 21,6%; e os declararam Não Saber/Não Responder atingiu 41,2%.
Estimulada
Neste formato em que se apresenta ao eleitor as opções de voto, o nome de Aurélio Goiano atinge 34,9%. Em segundo, se consolida Rafael Ribeiro, com 14,7%, com boa distância para os demais pré-candidatos. Como esperado, quando se apresenta nomes, o índice de votos em Branco/Nulo cai consideravelmente, assim como os que apontam Não Saber/ Não Responder, que somou 7,9%.
O Data Populi experimentou diversos cenários. Quando se coloca todos os pré-candidatos pesquisados, porém só com votos válidos (cenário 1), Aurélio Goiano vai a 42,1%; enquanto Rafael Ribeiro se isola com 17,7% das intenções de voto.
Ainda em níveis de comparação, a pesquisa analisou o embate entre os pré-candidatos, com exceção de Aurélio Goiano, o presidente da Câmara, Rafael Ribeiro, lidera com quase dez pontos de vantagem (portanto, bem acima da margem de erro) em relação aos demais pré-candidatos.
Quando se exclui Goiano e se coloca apenas quatro pré-candidatos: Rafael Ribeiro, Braz, João Vicente e Keniston Braga, o presidente do Poder Legislativo abre quase 15 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, neste caso, o deputado estadual Braz.
Em outro cenário, agora colocando o vereador Aurélio Goiano no confronto direto com os quatro citados acima, Rafael Ribeiro é o único que ultrapassa os 30%, e mantém a diferença para Goiano abaixo dos 20%.
Quando se perguntou ao entrevistado em que se votaria, dando como opção apenas dois nomes: Rafael e Braz, o pré-candidato do MDB abriu 7,1% de vantagem (37,1% – 30%).
Rejeição
Um dos pontos mais esperados em uma pesquisa, é o nível de rejeição entre os nomes apresentados. Justamente por ser considerado um voto perdido ou, ao menos, aquele difícil de reverter. Neste quesito, o mais rejeitado é o empresário João Vicente (UB) que, inclusive, vem sucessivamente liderando neste quesito; em segundo, o ex-prefeito Valmir Mariano (PSD). De forma surpreendente, Aurélio Goiano aparece só em quinto como o mais rejeitado. Rafael Ribeiro é o terceiro menos rejeitado, com 7,9%, metade do apontado por seu principal adversário.
Análise do Blog
A primeira pesquisa Data Populi deixa claro que a disputa pela Prefeitura de Parauapebas deverá ficar centralizada entre Aurélio Goiano e Rafael Ribeiro. O principal nome da oposição parece ter atingindo o seu teto, mesmo quando se considera a margem de erro. Não se percebe folego para avançar mais, mesmo quando se olha o seu índice de rejeição, que baixou consideravelmente (muito por conta do processo de “humanização” em que o pré-candidato bolsonarista está passando).
Rafael Ribeiro apresenta desempenho elogiável. Em crescente evolução em seus números, que inclui a menor rejeição entre os pré-candidatos da base governista, além de ser bem visto pela ampla maioria da população. Em todos os cenários apresentados, se consolidou com certa folga em segundo lugar, e em primeiro quando se exclui o nome de Goiano.
Apesar de não ter medido a influência do governador na disputa política em Parauapebas, ao se comparar com outros processos eleitorais, se percebe que é baixa ou quase inexistente qualquer apontamento do mandatário estadual, cabendo ao prefeito, neste caso, Darci Lermen, decidir quem será o seu sucessor.
Se espera que Helder Barbalho respeite o nome que o mandatário municipal escolher. Não cabe e não pega bem pressão vinda de Belém.
