A Eleição ao Governo do Pará. A forte influência. O tabuleiro político-eleitoral sob controle. O peso da excelente avaliação

Dentro do processo político-eleitoral que se aproxima no Pará, uma certeza está posta: a forte influência do governador Helder Barbalho (MDB) na disputa. O fato não é achismo, está balizado em levantamentos, como no caso do Instituto Acertar, que mediu exatamente qual nível de prestígio junto ao eleitorado do mandatário estadual.

Dados do citado instituto, apontam que cerca de 70,3% de avaliação positiva, após quase três anos de segundo mandato, Helder Barbalho se mantém como uma das lideranças estaduais mais bem avaliadas do país, condição que fortalece diretamente a candidatura de sua vice-governadora, Hana Ghassan, hoje um dos nomes mais competitivos na disputa.

O desempenho de Hana Gassan nos cenários estimulados já a coloca em posição de empate técnico com os demais possíveis adversários, revelando que o apoio de Helder funciona como uma espécie de capital político capaz de impulsionar seu crescimento conforme a campanha avançar.

Em síntese, o desempenho pessoal do governador, juntamente com o trabalho de Hana à frente da Vice -Governadoria, criam um ambiente favorável para que a mesma dispute a sucessão em condições reais de vitória — especialmente em um estado onde a continuidade administrativa costuma ser bem recebida pelo eleitor.

APOIO

O levantamento mostra que 32,4% dos eleitores votariam com certeza em um candidato apoiado por Helder — um índice superior ao alcançado por figuras nacionais como o presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro — enquanto outros 42,8% admitem que poderiam seguir sua indicação. O peso do apoio do governador se reflete diretamente no potencial eleitoral de Hana, que atinge 54,7%, o maior entre todos os pré-candidatos testados – muitos ainda não confirmados como pré-candidatos, como é o caso do deputado federal pelo PL, Éder Mauro.

POTENCIAL DE VOTO

O levantamento sobre potencial de voto dos pré-candidatos ao Governo do Pará em 2026 revela um cenário que, apesar de ainda difuso, já desenha tendências importantes para a largada da disputa. A atual vice-governadora desponta com o maior potencial, atingindo 54,7% quando somados os eleitores que dizem que certamente votariam nela e os que poderiam votar — um indicador precioso porque mede, mais do que a fotografia do momento, a avenida de crescimento disponível para cada nome. Na sequência aparecem o Delegado Éder Mauro (49,6%) e o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (48,9%).

Ainda é elevado grau de desconhecimento que ainda recai sobre os principais nomes da corrida. Tanto Hana quanto Daniel permanecem desconhecidos por cerca de 27% dos eleitores — algo que pode ser decisivo mais adiante.

INFLUÊNCIA

Ninguém supera a dimensão política de Helder Barbalho no momento atual. Entre os três líderes testados, Helder, Lula e Bolsonaro, o governador aparece como o cabo eleitoral mais influente: 32,4% dos entrevistados afirmam que com certeza votariam em um candidato apoiado por ele. A força de Helder também se destaca quando se observa o grupo que poderia votar em um candidato indicado por ele: 42,8% dizem que considerariam essa possibilidade.

ESPONTÂNEA

A pesquisa de intenção de voto espontânea para o Governo do Pará em 2026 revela um quadro marcado por baixo recall político: apenas 34,7% dos entrevistados conseguiram citar espontaneamente algum nome. O dado mostra um eleitorado ainda distante do debate eleitoral, que exige mais informação e confiança para se mobilizar — algo que costuma acontecer apenas quando a eleição se aproxima de fato, com os nomes dos concorrentes colocados em definitivo.

Na intenção espontânea, o nome do governador Helder Barbalho é o primeiro citado pelos entrevistados, mesmo estando ele impedido de concorrer por já estar no segundo mandato. Helder aparece como o nome mais lembrado, com 15,5% das citações. Em seguida surge o prefeito de Ananindeua, Daniel, com 7,9%, acompanhado pela vice-governadora Hana Ghassan, com 5,6%. O deputado Éder Mauro registra 3,4%, enquanto o ex-senador Paulo Rocha aparece com 0,5%. Os demais nomes somados chegam a 1,8%. Já a massa de eleitores que ainda não sabe em quem votar é expressiva: 62,1% se declararam indecisos, e 3,2% afirmaram que pretendem votar em branco ou anular o voto.

ESTIMULADA

No primeiro cenário de intenção de voto estimulado para governador do Pará em 2026, quando os entrevistados recebem o cartão circular com os nomes dos pré-candidatos, três deles despontam praticamente lado a lado, dentro da margem de erro de ±1,5 ponto percentual. Hana aparece ligeiramente à frente, com 22,1% das intenções, seguida por Éder Mauro, com 22,0%, e pelo prefeito de Ananindeua, Daniel, com 21,7%.

A pesquisa incluiu outros nomes cujas candidaturas ainda não estão consolidadas, como o do ex-senador Paulo Rocha, que registra 10,7%, enquanto Araceli Lemos marca 1,5% e Cleber Rabelo 1,4%. Entre os que rejeitam todos os nomes apresentados, 6,7% declararam voto branco ou nulo, e 13,9% afirmaram ainda não saber em quem votar.
Em um novo cenário estimulado de intenção de votos para o governo do Pará em 2026, a pesquisa substitui Éder Mauro por seu filho, Rogério Barra, Daniel aparece a 25,3% das intenções de voto, enquanto Hana registraria 24,4%, mantendo o equilíbrio entre os dois. Paulo Rocha aparece um pouco mais forte neste cenário, com 13,6%, seguido por Rogério Barra, que estreia com 6,5%. Os demais candidatos somam 4,2% neste cenário, enquanto 8,0% optariam por voto branco ou nulo, e 18,0% dizem ainda não saber em quem votar.

A PESQUISA

Encomendada pelo jornal Diário do Pará, a pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 29 de novembro de 2025 e ouviu 4.265 eleitores paraenses em entrevistas presenciais. A margem de erro é de 1,5 ponto porcentual, para mais ou para menos, com 95% de confiança. A coleta abrangeu 65 dos 144 municípios do Pará.

Imagem: reprodução 

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

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