Não é de hoje que o Blog do Branco afirma: ou o PT destitui do comando do partido o casal Faro, composto pelo senador cassado Beto e a deputada federal Dilvanda, ou o partido acabará no Pará.
Beto se elegeu senador pelas mãos do governador Helder Barbalho, que resolveu na reta final da campanha ter lhe dado uma força, quando tinha mais duas opções em sua base de apoio. O primeiro passo para Beto para controlar o PT era se eleger, assim como colocar a própria mulher em sua vaga na Câmara dos Deputados.
Ontem, 05, o que era para ser mais um evento festivo petista, por conta da realização de um encontro estadual que reconduziria Beto Faro ao cargo de presidente estadual da citada legenda, tornou-se um verdadeiro fuzuê, acompanhado pela nata dirigente petista, como o ex-senador e atual presidente da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), bancadas federal e estadual, além de dirigentes partidários e sindicais.
A questão nem foi a insatisfação com forma como Beto Faro conduz o partido, negociando a legenda conforme interesses pessoais (que não deixa de ser verdade e que alguns petistas fingem não enxergar), mas a decisão ou melhor, a falta de ação do ainda senador petista no caso que envolve a decisão de instalar em Bujaru um aterro sanitário para receber resíduos sólidos da Região Metropolitana de Belém (RMB).
O recinto foi ocupado por diversas pessoas que protestaram contra tal decisão e a complacência do casal Faro no fato do novo destino dos resíduos sólidos. No município vizinho, o Acará, reduto eleitoral dos Faro, que tem, inclusive, o filho do casal, Yuri Faro, como vice-prefeito, e que será impactado pela instalação do aterro.
O cansaço e desalento é geral. De volta à questão: ou o PT tira os Faro do controle da legenda ou se contentará com o ostracismo no Pará.
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