A história da mosca azul vem de uma antiga lenda oriental, que conta que um servo foi picado por ela e, a partir da picada do inseto, começou a se olhar como o próprio sultão. Em êxtase, e totalmente deslumbrado pelo poder, se voltou contra todos. Tal referência é totalmente compatível com um agente público do tabuleiro político de Parauapebas. Aliado a tal processo descrito, há como efeito, concomitantemente, quase sempre a ingratidão como produto final.
O que dizer de uma pessoa que chega a uma cidade e que através de uma parceria política cresce e faz sua vida, proporcionando-se uma vida confortável e estendendo isso aos seus? Todavia, mesmo com reconhecida competência, sem o aval e permissão de seu líder político, não conseguiria nem com muito esforço chegar ao patamar que alcançou.
Segundo o poeta espanhol, Miguel Cervantes: “A ingratidão é filha da soberba”. Sobre isso e tendo como estudo de caso Parauapebas, tal afirmação é irretocável. E o que dizer do líder que recebeu toda a ingratidão, que beira o desrespeito? Descumprir as determinações de seu chefe? Não seguir o caminho pensado por ele.
Ser picado pela Mosca Azul não é uma novidade em política. Acontece com mais frequência que se possa reconhecer, assim como no caso da ingratidão. Por outro lado, existe – em alguns casos, estes mais escassos – antídotos à picada da Mosca Azul, assim como conserto à ingratidão, mas parece que esse não é o caso da Capital do Minério.
Gratidão é uma qualidade para poucos. Em política então, é cada vez mais raro quem a carrega consigo. Quem a preserva se blinda, por exemplo, de ser picado pela “Mosca Azul”.
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