A troca no Gabinete e a articulação política

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Ontem, 03, a chefia de Gabinete do prefeito Darci Lermen sofreu alteração. Por força maior, a troca motivada por uma decisão da Justiça paranaense, em que foi condenado por improbidade administrativa, Roque Dutra ficou impedido de continuar a exercer função pública. Roque assumiu o cargo de chefe de gabinete da Prefeitura de Parauapebas no dia 10 de agosto de 2018. Nesse período de pouco mais de um ano, ele conseguiu manter um ótimo diálogo entre o Palácio do Morro dos Ventos e a Câmara de Vereadores, além de diversos segmentos sociais.

Inegavelmente, a saída de Dutra é um pesado “baque” político na gestão de Lermen, haja vista, a proximidade do processo eleitoral. Em seu lugar assume o professor e que estava como secretário-adjunto de Cultura, José Alves, um conhecido agente político de Parauapebas. A escolha segue a lógica de ter alguém que o prefeito conheça e tenha confiança.

Por outro lado, a escolha de Alves poderá ser uma estratégia política do prefeito Darci, pois o agora chefe de gabinete é muito próximo do ex-vereador Miquinha e do ex-secretário de Educação, Raimundo Neto, dupla que articula politicamente o lançamento de um nome para disputar a prefeitura, e tal pretensão petista, caso ocorra, tira votos de Darci. 

Alves torna-se o terceiro chefe de gabinete do prefeito. No dia 24 de maio de 2018, Edson Bonetti desligava-se do cargo, sendo substituído meses depois por Roque Dutra. À época, o Blog tratou da questão, dando ênfase a vacância do cargo, que somou três meses. A saída de Bonetti foi forçada, ocasionada por solicitação judicial. Novamente o processo se repete, e mais uma vez, a Justiça obriga a saída de mais um chefe de gabinete.

José Alves terá um grande desafio. Caberá a ele manter o gabinete funcionando, dando-o celeridade, além de mediar conflitos entre diversos setores sociais e com os vereadores. Isso tudo no período em que o orçamento deverá estourar, com o pedido de suplementação já solicitado (cada vez mais cedo), o que praticamente só garante até o fim do ano a manutenção do custeio da máquina. Portanto, a pressão tende a aumentar sob o gabinete do mandatário municipal. E isso em um ano que antecede eleição, e ainda com a gestão mal avaliada. 

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