Aras lembrou que é o PGR

Até o terrorismo ocorrido no último dia 08, em Brasília, precisamente na Praça dos Três Poderes, em que os prédios que representam o Executivo, Legislativo e Judiciário foram depredados por golpistas bolsonaristas, Augusto Aras, procurador-geral da República, se fazia de cego e mudo para todas as inconstitucionalidades que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores promoveram nos últimos quatro anos.

Todavia, depois dos atos terroristas, a pressão sobre Aras aumentou de forma exponencial. Recebeu, por exemplo, em seu gabinete, as visitas de Rodrigo Pacheco (PSD) e Arthur Lira (PP), presidentes do Senado Federal e Câmara Federal, cobrando providências da Procuradoria-Geral da República, com objetivo de investigar e oferecer denúncias contra os terroristas.

De forma célere, o PGR ofereceu denúncia ontem, 16, ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra 39 pessoas acusadas de invadir os citados prédios públicos. Segundo matéria do G1, o Ministério Público Federal (MPF) dividiu a investigação em quatro núcleos: instigadores e autores intelectuais dos atos antidemocráticos; financiadores; autoridades de Estado responsáveis por omissão imprópria; e executores. Esses 39 se enquadram na última categoria. De acordo com as denúncias, os acusados podem responder por associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado. O subprocurador-geral Carlos Frederico Santos pede ainda decretação de prisão preventiva dos denunciados e bloqueio de bens no valor de R$ 40 milhões para pagamento de reparo dos danos, além de perda de cargos e funções públicas quando for o caso.

Os próximos passos é continuar a seguir com as denúncias, agora estas voltadas aos agentes públicos, que foram omissos, portanto, facilitaram os ataques terroristas na capital federal.

A pressão sobre o procurador-geral da República é enorme. Aras sabe que terá (mesmo contra a própria vontade) que agir, fazer valer as suas atribuições legais, pois poderá responder pelo crime de prevaricação. Vale lembrar que Augusto Aras já foi reconduzido ao cargo e seu mandato terminará em setembro do ano corrente.

Imagem: Poder 360.

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

#veja mais

Eleições 2026: Executiva Nacional do PL proíbe apoio a pré-candidatos de outros partidos

Através da Resolução Administrativa Nº 010/2025, o Partido Liberal (PL), via Comissão Executiva Nacional, estabelece normas e diretrizes para os detentores de mandato eletivo eleitos

Eleições 2022: pesquisa Doxa aponta os mais citados para federal na RMB

Instituto Doxa publica mais uma pesquisa na Região Metropolitana de Belém (RMB) para deputado estadual. Dessa vez, o levantamento teve aumentado a sua margem de

Governador Helder Barbalho anuncia liberação da licença para derrocamento do Pedral do Lourenço

O governador do Pará, Helder Barbalho anunciou, nesta segunda-feira (26), que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu a

Moradores de Ananindeua estão revoltados com aumento abusivo no IPTU

O Blog do Branco volta ao tema que, aliás, se tornou uma das pautas políticas principais na segunda mais populosa cidade paraense: cobrança do Imposto

Amazônia em cena: Pará abre a COP 30 e mostra ao mundo que o futuro nasce na floresta

Na abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Belém, o governador Helder Barbalho destacou o papel do Pará na construção de

Eleições 2022: Pesquisa Destak aponta as lideranças de Bolsonaro, Nunes e Alcolumbre no Amapá

A Destak publicou a sua primeira pesquisa registrada no estado do Amapá, com objetivo de medir as intenções de voto para presidente, governador, senador, deputado