Autofagismo Bolsonarista na Alepa II

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Na sessão realizada no dia 27 de setembro, o deputado estadual Rogério Barra, filho do deputado federal Éder Mauro, ambos do PL, havia subido na tribuna, seguindo o rito regimentar, até que o mesmo resolveu expor um fato que, até então, estava dentro dos quadrantes do citado partido. Para o eleitor entender, Barra resolveu homenagear a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro com o título honorífico de Cidadã do Pará. Todavia, o deputado Aveilton Souza, com base política em Marabá, correligionário de Barra, não assinou o requerimento. A negativa de Souza foi o estopim para o discurso e ataques do filho de Éder Mauro.

Sem meio termo, Barra expôs Aveilton e o acusou de promover “estelionato eleitoral” por não seguir as diretrizes bolsonarista, sendo apenas um “aproveitador” do eleitorado que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro. Enquanto isso, outro parlamentar do PL, o ex-policial Neil acompanhou tudo quieto. Logicamente que Souza não gostou da narrativa de Barra e foi tomar satisfações, conforme relatou em seu site a jornalista Franssinete Florenzano. Segundo ela, a turma do “deixa disso” precisou entrar em ação para evitar contato físico entre os envolvidos.

De lá pra cá, ambos não mantiveram a mesma relação de antes, mal se falam, mesmo dividindo praticamente o mesmo metro quadrado dentro do plenário do parlamento estadual. Até então, Barra vinha mantendo relação com o terceiro componente da bancada do PL na Alepa: Coronel Neil. Mas ontem, 29, a relação – que nunca foi tão próxima assim – azedou de vez. O ex-policial militar disse que Barra é muito novo na política e só é deputado estadual por conta de seu pai, o deputado federal Éder Mauro, que controla o PL no Pará, e goza de grande prestígio junto ao clã Bolsonaro.

Rogério Barra em sua oportunidade de usar o microfone no grande expediente, retrucou o colega de partido e disse que o mesmo é um ingrato, que só obteve 22 mil votos, sendo o menos votado entre os 41 eleitos. O filho de Éder Mauro deixou claro que os seus 80 mil votos (que o próprio sabe que não são seus) “puxou” Neil para o parlamento estadual.O entreveio se deu porque Neil votou favorável para autorizar mais um empréstimo, este na ordem de R$ 5,3 bilhões para a execução de plano, programas e projetos de investimentos, dentre eles, o da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-30), que inclui obras complexas e estruturantes na Região Metropolitana de Belém (RMB). Barra seguiu o voto de outras oportunidades, sendo contra.

Mais um conflito, novamente público, escacara a desunião e o “cada um por si” que existe na bancada do PL na Alepa.

Imagem: reprodução Internet. 

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