Autofagismo Bolsonarista na Alepa

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Na sessão de ontem, 27, a último do mês de setembro, tudo transcorria bem, até que o deputado estadual Rogério Barra, filho do deputado federal Éder Mauro, ambos do PL, subiu na tribuna dentro do que manda o rito regimentar, até que o mesmo resolveu expor um fato que, até então, estava dentro dos quadrantes do citado partido.

Para o eleitor entender, Barra resolveu homenagear a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro com o título honorífico de Cidadã do Pará. Todavia, o deputado Aveilton Souza, com base política em Marabá, correligionário de Barra, não assinou o requerimento. A negativa de Souza foi o estopim para o discurso e ataques do filho de Éder Mauro.

Sem meio termo, Barra expôs Aveilton e o acusou de promover “estelionato eleitoral” por não seguir as diretrizes bolsonaristas, sendo apenas um “aproveitador” do eleitorado que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro. Enquanto isso, outro parlamentar do PL, o ex-policial Neil acompanhou tudo quieto.

Logicamente que Souza não gostou da narrativa de Barra e foi tomar satisfações, conforme relatou em seu site a jornalista Franssinete Florenzano. Segundo ela, a turma do “deixa disso” precisou entrar em ação para evitar contato físico entre os envolvidos.

Como dito em outro artigo bem no início do ano, o governador Helder Barbalho tem total controle sobre o parlamento. Sua base fiel gira em torno de 36 a 37 deputados, de um total de 41. O PL conta com três parlamentares. Rogério Barra foi o quinto mais votado na última eleição, com pouco mais de 88 mil votos. Sua pujante votação conseguiu fazer a terceira cadeira, que foi ocupada por Neil, com apenas 22.366 votos. Acima de Barra, ou seja, o penúltimo menos votado foi exatamente Aveilton, com pouco mais de 23 mil votos.

Esse resultado eleitoral reforça a tutela de Rogério sobre os outros dois parlamentares do PL, justamente por sua votação ter possibilitado o ingresso dos mesmos. Por isso, a cobrança. A bancada do PL vive às turras. Barra acusa Neil e Souza de terem abandonado o Bolsonarismo. Ambos próximos ao governo Helder.

Vale o registro que Rogério Barra ainda tenta se viabilizar como o candidato bolsonarista ao Palácio Antônio Lemos. Todavia, as pesquisas não o colocam em condições de requerer tal posto. Sua postura de atacar a gestão de Edmilson Rodrigues faz mas sentido como estratégia de se manter nos holofotes, buscando sua permanência no parlamento estadual na próxima legislatura.

Imagem: reprodução Internet. 

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