Nos próximos anos, pelo menos em 2026, o clã Barbalho, um dos principais alicerces da política paraense há décadas, vive a expectativa do que chamo de “troca de pele”, momento em que uma geração se despede e outra começa a surgir para substituir a anterior. O processo começou com Laércio Barbalho, que teve o seu mandato de deputado estadual cassado em 1964. Depois com Jader, eleito vereador em plena ditadura militar.
Segundo fontes próximas a família do atual governador do Pará, seus pais: senador Jader Barbalho e a deputada federal Elcione Barbalho, ambos do MDB, devem se despedir da vida pública, por conta da idade e questões de saúde. O primo de Helder, o deputado federal José Priante, que preside a citada legenda em Belém, anda dizendo pelos corredores de Brasília que não pretende continuar no parlamento federal na próxima legislatura.
Não, por acaso, o primogênito de Jader e Elcione foi lançado na política, primeiro como coordenador de campanha do irmão ao governo; depois como presidente estadual do MDB. Na sequência, atuou como um grande articulador político intermediando o contato do irmão mais novo com prefeitos. Nesse papel, Jader Filho se mostrou um habilidoso negociador. O passo seguinte era colocá-lo no primeiro escalação do futuro governo Lula, o que ocorreu sem maiores esforços.
Jader Filho vem se destacado na Esplanada dos Ministérios. Tornou-se um auxiliar muito querido pelo presidente. Ter conseguido promover nacionalmente o irmão mais velho foi uma grande sacada, garantindo sem maiores sustos o que chamo a “troca de pele”, ou seja, a transição familiar na política. A nova geração terá dois pilares: Jader Filho e Helder Barbalho. Na sequência, vem Helder Filho, o herdeiro mais velho do governador, e que já vem ensaiando sua futura entrada na política, possivelmente como vereador por Ananindeua, seguindo os passos do pai.
A segunda geração entra em “campo” rebocando a terceira. Como bem disse o jornalista Olavo Dutra: “e as crianças estão crescendo”…
Imagem: fotomontagem.