Notadamente cresce rapidamente a pré-candidatura do deputado federal José Priante (MDB) a Prefeitura de Belém. Ao anunciar que disputará novamente uma eleição ao Palácio Antônio Lemos em um almoço nas dependências de um hotel na capital paraense, cercado por quinze vereadores daquela municipalidade, ocasião que se apresentou na condição de candidato do governador Helder Barbalho. Após o anúncio, a pré-campanha de Priante só cresce em número de apoios, alguns muito importantes.
Após o evento descrito, o pré-candidato em questão, recebeu apoio da bancada do MDB na Alepa, composta por sete deputados. Priante já conta com o apoio do MDB, PSL, PL, Podemos, DC e PTB e está costurando uma ampla aliança partidária capaz de sustentar sua candidatura a prefeito de Belém. Ainda faltam outras importantes legendas, como o PSC de Zequinha Marinho.
Diversas lideranças evangélicas devem apoiar o primo do senador Jader Barbalho, como o pastor Josué Bengtson, o deputado federal Paulo Bengtson e o deputado estadual Martinho Carmona, todos da igreja Quadrangular; além do pastor Samuel Câmara, da Assembleia de Deus.
Essa será a terceira vez que Priante concorrerá ao Palácio Antônio Lemos. A primeira foi em 2008, quando foi ao segundo turno por uma pequena margem sobre o petista Mário Cardoso, que contava com o apoio da máquina estadual. O então candidato do PMDB (hoje MDB) perdeu no segundo turno para o prefeito Duciomar Costa (PTB), que naquela ocasião se reelegeu. No primeiro turno, Priante obteve 138.379 votos (19,03%) e no segundo turno 295.997 votos (40,40%).
Em 2012, novamente o deputado federal Priante se lançou candidato a prefeito da capital do Pará. Desta vez atingindo um desempenho pior do que no pleito anterior, obtendo 68.021 votos, o que o deixou de fora do segundo turno.
Portanto, o pré-candidato em questão não é nenhum debutante na disputa eleitoral na capital paraense. É advogado. Cumpre seu sexto mandato como Deputado Federal pelo MDB, já foi vereador por Belém e deputado estadual. Preside o diretório do MDB da capital paraense.
Sob o ponto de vista do marketing eleitoral, a proposta deverá seguir a mesma que elegeu e reelegeu Zenaldo Coutinho: a parceria com o governo do Pará. Fazer o eleitor belenense votar em Priante por ser do mesmo partido do governador Helder Barbalho; assim haveria grande parceria, trabalho conjunto entre as esferas municipal e estadual em prol de Belém. Duas máquinas públicas agindo de forma coordenada em um mesmo território.
Não é novidade que o volume de ações do governo do Estado na capital é uma estratégia eleitoral. Quer mostrar que Belém só não está melhor sob o ponto de vista, por exemplo, de infraestrutura urbana (mazela histórica) por conta de incompatibilidade política que, aliás, é algo recorrente no histórico político do citado município.
Por outro lado, tal parceria entre gestores de um mesmo partido ou grupo político, também não garante êxito. O próprio PSDB demonstrou isso na prática. Uma gestão e metade desta atual, o prefeito Zenaldo Coutinho governou a capital com um correligionário no comando do Executivo estadual. E o que se viu na prática? O que Belém ganhou com isso? Qual ação integrada entre os dois entes federativos obteve sucesso e melhorou a vida de quem mora na capital paraense?
De todo modo, entre as pré-candidaturas ao Palácio Antônio Lemos, a de Priante é a que mais cresce politicamente. Resta saber se a sociedade vai embarcar em tal projeto. O fato de ser primo do clã Barbalho poderá atrapalhar eleitoralmente? O deputado federal do MDB é a principal “carta” do governador, porém não é a única.