No meio do expediente matutino, Parauapebas observou uma grande queima de fogos que, aliás, é crime promover tal ato, tudo por conta de um decisão quase unânime do pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), em que foi julgado uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), a despeito de o nome induzir ao contrário, a AIJE não é uma simples investigação, mas uma ação de natureza cível, tipicamente eleitoral.
Pois bem, quem promoveu tal ação foi o hoje deputado federal Keniston Braga, do MDB, que alegou que o então candidato Aurélio Ramos de Oliveira Neto, mais conhecido como “Aurélio Goiano”, teria abusado do uso de meios de comunicação durante a última campanha eleitoral, quando este atuava como radialista e apresentador.
O resultado da sessão ordinária teve como resultado sete votos favoráveis a absorvição da acusação contra Aurélio Goiano, com um contrário. Portanto, a denúncia foi classificada como improcedente. Assim que se confirmou o resultado, muitas pessoas comemoravam a decisão e afirmavam que o ex-vereador cassado estaria, finalmente, livre para concorrer à Prefeitura de Parauapebas no próximo ano. Todavia, a vitória de Goiano ainda não lhe garante certeza de participação no próximo pleito, ou seja, ainda não se pode considerá-lo elegível, como alguns apontam.
Ainda há o processo por quebra de decoro parlamentar que cassou o mandato de Goiano na Câmara Municipal de Parauapebas. Este processo ainda espera por uma definição. Por isso, não é correto que se afirme que a vitória conquistada hoje, 17, pelo ex-vereador o garanta na disputa pelo Executivo parauapebense. Apenas conseguiu se livrar de uma das inúmeros processos que responde na Justiça Eleitoral, instância que Goiano se tornou “figurinha conhecida”.
Mesmo ainda na indefinição de seu futuro eleitoral, Aurélio Goiano lidera com folga qualquer pesquisa eleitoral que se faça em Parauapebas. Por sua forma truculenta (ou não mais, pois o mesmo vive um processo de “amansamento” para mudar a forma de como é visto por parte da sociedade), os levantamentos feitos não o fazem passar, por exemplo, dos 30% das intenções de voto. O resultado de hoje, 17, é uma vitória, mas ainda não o torna elegível como foi apontado por alguns.
Imagem: Pebinha de Açúcar.