O senador mineiro, Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e ex-presidenciável, parece que terá que enfrentar – de fato – as acusações nas quais é envolvido ou não? Nas delações no âmbito da operação Lava Jato, o tucano é um dos mais citados. Mas, parece que não há “evidências” claras para que a justiça, neste caso, o Supremo Tribunal Federal (STF), possa avançar, instaurar inquérito, etc.
Nem a Procuradoria Geral da República (PGR) consegue tornar algo mais real envolvendo Aécio Neves. Os rumores de blindagem ao senador mineiro ecoam pelos perímetros do plano piloto do Distrito Federal de forma explicita. Na Suprema Corte o seu maior defensor é o ministro Gilmar Mendes, que atualmente preside o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e que parece advogar para o tucano sem maiores constrangimentos.
As acusações contra Neves são antigas. Remontam à época em que ele era governador de Minas Gerais. As pedras em seu sapato atendem pelo nome de Furnas, empresa de geração de energia vinculada a Eletrobras. Depois na área da saúde e por fim na construção da Cidade Administrativa, que sedia o governo mineiro. Essas acusações restritas apenas ao referido ente federativo.
No plano federal, a operação Lava Jato com as delações de Marcelo Odebrecht tornou público o que já se suspeitava. Aécio pediu ao diretor da construtora milhões de reais para campanhas, especialmente a sua, em 2014, quando foi candidato a presidente da república. Os tucanos rapidamente correram para negar que os repasses informados no depoimento de Marcelo eram ilegais. As colocam como doação de campanha e que todo e qualquer recurso arrecadado foi informado na prestação de contas. Mas ao se analisar as descrições informadas, todos os volumes descritos pelo empreiteiro não batem com o repassado à Justiça Eleitoral.
Na lista de codinomes na lista da Odebrecht, Aécio Neves possui algumas denominações: “mineirinho” e “chato” são as mais citadas. Os delatores afirmam que o senador mineiro era um dos que mais cobrava o repasse de dinheiro, por isso, o termo.
Com as evidências claras, provas cabais e dezenas de delações acusando Aécio Neves de ter recebido propina, e agora STF? PGR?