Faltando oito dias para a eleição, a decisão se terá ou não segundo turno está quase sob decisão do eleitorado cirista, ou seja, quem hoje declara voto em Ciro Gomes (PDT). Segundo a pesquisa Datafolha mais recente, divulgada na noite de quinta-feira, 22, sobre o cenário eleitoral na disputa pela Presidência da República, uma pergunta que estava no formulário dos entrevistadores, fazia referência sobre a mudança de voto, portanto, se o entrevistado mudaria o seu voto?
Os dados do Datafolha sobre o tema apontam que 80% dos que dizem votar em Lula, manterão o seu voto. Os que declaram voto em Jair Bolsonaro (PL), 81% diz não mudar a sua escolha na hora de chegar para votar. Portanto, para ambos, são votos cristalizados. E, por exemplo, dificilmente, quem vota no petista mudará a sua escolha em favor do atual presidente, assim como o contrário é verdadeiro.
Todavia, o eleitorado de Ciro, em praticamente 50%, pode mudar o voto, neste caso, majoritariamente para Lula do que para Bolsonaro, segundo a pesquisa. No caso de Simone Tebet, do MDB, o quantitativo de seu eleitorado é mais “seguro”, ou seja, com menos tendência de migração. Seria – como disseram alguns especialistas – um voto de confiança, de “merecimento”, muito ligado à atuação da senadora na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Há também o voto feminino que se concentra na citada candidata emedebista.
De todo modo, nesta última semana, o eleitorado tende a decidir a eleição. Se houver, de fato, a desidratação da candidatura de Ciro, ocasionada pela questão do “voto útil”, voltado para Lula, para que o petista vença em primeiro turno. Ou a migração de votos para Bolsonaro, o que elimina a possibilidade da eleição presidencial ser encerrada no próximo dia 02. O ex-ministro de Lula tende a sair muito menor do que entrou nessa campanha, correndo o risco de registrar o pior desempenho entre todas as campanhas presidenciais que disputou. A ver.
