Com mais uma redução da Selic, Brasil volta a ser o segundo no mundo em juros reais

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O Banco Central decidiu nesta quarta-feira fazer um novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, a 11,75% ao ano, e afirmou que sua diretoria antevê cortes na mesma intensidade nas próximas reuniões. Em comunicado muito similar ao divulgado na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de novembro, o BC apresentou visão mais benigna sobre o ambiente externo, também reforçando a trajetória de melhora da inflação no Brasil.

“Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, informou o comunicado.

Após apontar em novembro que o cenário internacional estava adverso, o documento desta quarta-feira destacou que o ambiente externo mostra-se menos adverso do que na reunião anterior, apesar de seguir volátil. Segundo o BC, essa percepção se deve a um arrefecimento dos juros de prazos mais longos nos Estados Unidos e de sinais incipientes de queda dos núcleos de inflação em diversos países.

“O Comitê avalia que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, afirmou.

Em relação ao Brasil, o Copom avaliou que a inflação cheia ao consumidor, manteve trajetória de desinflação, conforme esperado, “com destaque para as medidas de inflação subjacente, que se aproximam da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”. A inflação subjacente se refere aos chamados núcleos da inflação, que excluem alguns preços mais voláteis.

Nesta quarta, o BC melhorou suas projeções para o comportamento dos preços em relação à reunião de novembro. A autoridade monetária informou que, em seu cenário de referência, a estimativa para a inflação caiu de 4,7% para 4,6% em 2023, de 3,6% para 3,5% em 2024 e foi mantida em 3,2% para 2025.

Esta foi a quarta redução consecutiva na taxa básica de juros depois que o BC iniciou seu ciclo de afrouxamento monetário com um corte de 0,50 ponto na Selic em agosto, indicando que manteria esse ritmo de flexibilização nas reuniões à frente. O corte de 0,50 ponto nos juros básicos na reunião deste mês foi decidido por unanimidade, assim como ocorreu em novembro e setembro. No encontro de agosto, a decisão foi dividida.

A decisão do citado comitê coloca ou melhor, recoloca, o Brasil em segundo lugar em um ranking mundial de juros reais, levantado pelo MoneyYou. Depois de sete meses seguidos liderando, a economia brasileira foi ultrapassada pela mexicana. A tendência é que a selic continue em sua trajetória de queda os próximos meses.

Com informações de Invest News (adaptado pelo Blog do Branco).

Imagem: reprodução Internet. 

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