Crime com mandato

Não é novidade aos que possuem o mínimo de atenção que há uma verdadeira bancada do crime, que sustenta a ilegalidade, por exemplo, na Amazônia, esta composta por prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais e até Senadores, que promovem ações nos bastidores com objetivo de “validar” ações ilegais ou, pelo menos, que o Estado faça “vista grossa” para o que vem ocorrendo.

Ontem, 14, durante uma entrevista à Globo News, o delegado da Polícia Federal, Alexandre Saraiva, que foi superintendente do citado órgão no estado do Amazonas, citou diversos políticos que, segundo ele, compõe uma bancada do crime. Dentre os citados (nomes de diversos partidos e de estados diferentes) está o do senador da República e atual pré-candidato ao governo do Pará, Zequinha Marinho (PL).

“Eu tenho aqui uma coleção de ofícios de senadores de diversos estados da Amazônia, que mandaram pro meu chefe, dizendo que eu estava ultrapassando os limites da lei, cometendo abuso de autoridade, senador junto com madeireiro me ameaçando”, afirma o delegado. Ao se referi a Marinho, o agente da PF afirmou que o mesmo estava junto do Ricardo Salles (ex-ministro do Meio Ambiente) no dia da Operação Handroanthus. Saraiva daria “nomes aos bois” sem provas? Segundo o próprio, há evidencias documentais que sustentam a sua fala.

A operação foi deflagrada pela Polícia Federal em dezembro de 2020 e é considerada histórica, tendo apreendido mais de 130 mil metros cúbicos de madeira em toras na divisa do Pará e do Amazonas – o que equivale a mais de 6,4 mil caminhões lotados de carga. O caso gerou manifestação de muitos políticos ligados ao setor madeireiro, dentre eles Zequinha Marinho, que chegou a publicar um vídeo nas redes sociais criticando a referida operação do Ibama.

Logo em seguida após a grande repercussão da entrevista, Marinho enviou nota à imprensa negando as afirmações de Saraiva, deixando claro que o seu manifesto público contra a ação ambiental, foi a pedido das madeireiras, que afirmaram que a madeira apreendida era de área de manejo.

A questão é: o que será do Pará na área ambiental, caso Zequinha Marinho se eleja governador? É sabido que dentro da área de controle estadual, há claramente avanços, sobretudo na queda do desmatamento, análise de pedidos de outorga, licenciamentos, Cadastros Ambientais Rurais (CARs), etc. Em um possível governo Marinho, todos esses avanços ficariam em risco.

Flexa Ribeiro quer educar garimpeiros 

Recentemente, o Blog do Branco tratou de uma matéria da jornalista Marina Rossi, consultora da Associação Nacional do Ouro (Anoro), sobre uma reunião ocorrida no dia 22 de março do ano corrente, em Santarém (PA), com representantes do garimpo, do Ministério Público Federal e Estadual do Pará, Polícia Federal, Agência Nacional de Mineração (ANM), Ibama e ICMBio. No encontro, o ex-senador Flexa Ribeiro (PP) e pré-candidato ao Senado, afirmou, pasmem! Que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) deveria “educar” os garimpeiros em vez de “reprimir” aqueles que praticam a atividade de forma ilegal na Amazônia.

Segundo Ribeiro: “O Ibama, apesar de ter uma verba pomposa, não aplica nada na orientação e educação”, disse. “Só para fazer as ações repressoras. E o que estamos trazendo aqui é uma oportunidade para que os órgãos ambientais do nosso país também adotem uma política educativa. Ao invés de chegar lá só para reprimir, vamos educar os garimpeiros”. Leia a matéria na íntegra (Aqui).

Imagem: El Pais. 

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