Anteontem, 27, em cadeia nacional de rádio e TV, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad anunciou a tão esperada medida, que foi uma das principais promessas de campanha petista em 2022: isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil ao mês. Na prática, o contribuinte que se enquadra na regra, só será isento em 2026, quando passa a valer, isso após ser aprovada pelo Congresso Nacional. O impacto segundo Haddad será de R$ 35 bilhões.
Desmistificando o discurso da Faria Lima, Haddad deixou claro que a intenção é eficiência e justiça tributária. Na prática, os que ganham até cinco mil reais ao mês, deixarão de ter seus rendimentos tributáveis, o que em tese faz sobrar mais dinheiro aos menos abastados, aumentando o poder de compra e, consequentemente, o consumo.
Além de Haddad, participaram da apresentação Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Rui Costa (Casa Civil), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação) e Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos).
Na outra ponta, o governo quer taxar um pouco mais os que ganham acima de R$ 50 mil ao mês, por isso, de forma simples fica claro: se perde de um lado e se tenta compensar do outro. Resta saber se os congressistas irão topar!
A medida tem forte apelo eleitoral. Entrará em vigor no início de um ano eleitoral, ano que Lula tentará se reeleger pela segunda vez. O discurso de Haddad foi em tom eleitoreiro. Geralmente, programas de grande impacto na sociedade, sobretudo, os mais pobres, são anunciados pelo próprio mandatário nacional, mas desta vez foi feito pelo ministro da Fazenda, que disputou a eleição presidencial de 2018.
Tem método e levanta desconfiança em relação ao protagonismo dado ao ministro. Seria um ensaio de Lula, com objetivo de testar a popularidade de Haddad? Ou apenas se quis dar a oportunidade de promover as boas novas em um cargo que geralmente é desgastado pelo ofício.
De todo modo o comprimento de uma das maiores promessas de campanha, poderá alavancar uma popularidade que anda cambaleando.
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