Está mais do que claro (como adiantado há meses pelo Blog do Branco) que a Terceira Via, reunião de agentes políticos que se colocam ao Centro do expecto político e contra o que chamam de extremidades radicais: a polaridade de Bolsonaro (PL) e Lula (PT), iria gradativamente desidratar com o desenvolvimento do processo temporal que antecede a campanha eleitoral. Esse “grupo” chegou a ser composto por onze nomes, e vem diminuído a cada mês.
Na semana passada, mais dois nomes declararam publicamente as retiradas de suas pré-candidaturas ao Palácio do Planalto: Rodrigo Pacheco (PSD), atual presidente do Senado Federal e Alessandro Vieira (Cidadania), também senador da República. Quem será o próximo?
Na composição da Terceira Via ainda estão: o governador de São Paulo, João Dória (PSDB); o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), ex-ministro Ciro Gomes (PDT), senadora Simone Tabet (MDB), o cientista político Luiz Felipe d’Avila (Novo), o deputado federal André Janones (Avante). Quem ainda pode entrar no grupo é o atual governador gaúcho, Eduardo Leite (filiado ao PSDB, mas se acertando com o PSD).
Outros nomes podem sair nas próximas semanas. O próprio Dória que venceu a polêmica prévia tucana contra Leite, garantindo o direito de disputar a vaga ao cargo máximo da política brasileira pelo PSDB, não conta com o apoio do seu partido. O mandatário estadual paulista já vem dizendo pelos corredores do Palácio dos Bandeirantes que poderá desistir e disputar a reeleição em seu estado.
Moro, que muitos apostam que desistirá e tentará o Senado ou até a Câmara Federal, se mantém e afirma que não desistirá, mesmo sem atingir dois dígitos nas pesquisas até aqui. Outro nome que vem sofrendo forte pressão de seus correligionários é Ciro, que também sofre pressão para que, caso não cresça nas pesquisas, desista da disputa.
Em uma eleição altamente polarizada entre Lula, que lidera todos os levantamentos feitos até aqui, e Bolsonaro que vem crescendo a cada semana, diminuindo a diferença para o petista, o campo ao Centro parece que não decola, não torna-se competitivo. O petista se mantém na dianteira, com oscilações para baixo de um a três pontos, o que é algo esperado, o que depende, por exemplo, da metodologia aplicada na pesquisa e outros fatores. O que é fato é que Lula dificilmente vencerá no primeiro turno, mas já está mais do que garantido no segundo.
Já o presidente Jair Bolsonaro vem crescendo nos últimos levantamentos. Algo também esperado. Como dito pelo Blog em outro artigo, diversos programas estarão sendo lançados nas próximas semanas, com ênfase em políticas sociais, o que tende a aumentar a popularidade e avaliação do mandatário nacional.
A Terceira Via, pelo visto, ficou pelo caminho.