O que era esperado foi anunciado ontem, 21, via redes sociais. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou sua desistência de concorrer à reeleição. Em um comunicado que não apresentou motivos que o levaram a tomar tal decisão (mesmo com obviedade clara), o democrata ressaltou os feitos de sua gestão e deixou claro que os interesses de seu partido e de sua nação, que estão acima de sua pretensão pessoal.
O comunicado nos faz pensar que Biden teve um ato sensato e elogiável ao ter desistido. Todavia, o que se sabe – levando em consideração o seu perfil – é que o mesmo foi obrigado a tomar a decisão contra a própria vontade, algo que nunca será assumido pelo mandatário.
Pois bem, vamos ao plano prático e ao que interessa. Com a desistência de Joe, abra-se um leque de possibilidades na disputa eleitoral do lado Democrata. Logo após o comunicado ter se tornado público, diversos nomes começaram a serem discutidos, dentre eles o da atual vice-presidente Kamala Harris e da ex-primeira-dama Michele Obama. Outro nome feminino que também é cogitado é de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes (no Brasil corresponde a Câmara dos Deputados).
Ontem mesmo, o presidente Joe Biden deixou claro a preferência pessoal por Kamala, mas isso por si só não a garante como a escolhida. Vale lembrar que o partido Democrata realizou prévias, ou seja, através do voto, além de um ato protocolar, haja vista, que Biden está no cargo, portanto, tem o direito de concorrer, caso assim decidisse. Se a escolha for direta, ou seja, Kamala for a escolhida, a questão poderá ser judicializada, o que causaria mais tumulto e desgaste ao partido, fortalecendo a candidatura de Donald Trump.
As próximas horas serão decisivas dentro do partido Democrata. Famílias de peso, como Clinton e Obama ainda não se pronunciaram, assim como diversos governadores e senadores. Na questão eleitoral, um novo nome poderá dar um novo “gás” ao partido Democrata. Do outro lado, os republicanos ficam no aguardo da definição democrata.
A disputa promete ser acirrada, independente do nome escolhido. O atentado sofrido por Trump não teve o efeito eleitoral desejado pelos republicanos, o que pode indicar que o ex-presidente está próximo de seu teto que, neste momento, não garante seu retorno à Casa Branca.
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