Seis governadores e três prefeitos de capitais deixaram os cargos com a intenção de disputar outros postos nas eleições deste ano. Quem exerce cargo público e pretende disputar outro posto em 2022, teve até o último sábado (2) para cumprir a regra eleitoral e abandonar as funções.
Em São Paulo, João Doria (PSDB) deixou o comando do estado para tentar ser candidato a presidente. Ele venceu as prévias do partido em novembro, mas a formalização da candidatura ainda depende de negociações com outros partidos. O baixo desempenho nas pesquisas de intenção de voto é um aspecto desfavorável ao tucano. O vice Rodrigo Garcia (PSDB) assume o governo paulista e deve ser candidato à reeleição.
Derrotado nas prévias do PSDB, Eduardo Leite deixou a função de governador do Rio Grande do Sul ainda sem definir a que cargo irá concorrer. Quem assume o comando do estado é o vice Ranolfo Vieira Júnior (PSDB).
Quatro governadores devem deixar os cargos no Nordeste
Renan Filho (MDB) deixa o governo de Alagoas para disputar o Senado. Como seu vice-governador, Luciano Barbosa (MDB), elegeu-se prefeito de Arapiraca (AL) nas eleições municipais de 2020, haverá eleição indireta na Assembleia Legislativa do estado para escolher um governador que ficará no cargo até o fim do ano. Camilo Santana (PT) sai do governo do Ceará para disputar uma vaga no Senado. Quem assume o comando do estado é a vice-governadora Izolda Cela (PDT).
No Maranhão, Flávio Dino (PSB) também deixa de ser governador para concorrer ao Senado. Quem assume é o vice-governador Carlos Brandão (PSB). Wellington Dias (PT), governador do Piauí, é outro que deixa o cargo para tentar uma vaga no Senado. Quem assume a administração estadual é a vice-governadora Regina Souza (PT). Ainda no Nordeste, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), também pode sair do posto para concorrer ao Senado. Caso renuncie, quem assume é a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB).
Prefeitos na corrida eleitoral
Três prefeitos de capitais também decidiram sair dos cargos para poder concorrer no pleito de outubro. Alexandre Kalil (PSD) renunciou à prefeitura de Belo Horizonte em 25 de março para concorrer ao governo do Estado. O vice-prefeito Fuad Noman (PSD) assumiu o comando da capital mineira.
Gean Loureiro (União Brasil) deixou na quinta-feira (31) a prefeitura de Florianópolis e deve disputar o governo do estado. Quem assume o comando da capital catarinense é o vice-prefeito Topázio Neto (sem partido).
Marquinhos Trad (PSD) deixa a prefeitura de Campo Grande e deve disputar o governo do Estado. Quem assume a gestão do município é a vice-prefeita Adriane Lopes (Patriota).
Prazos do calendário
A regra eleitoral tenta evitar que servidores se utilizem de seus cargos para influenciar econômica ou politicamente o pleito. Caso o político não se afaste devidamente de seu posto, ele é considerado inelegível. Outro prazo importante do calendário eleitoral terminou no primeiro dia do mês corrente: janela partidária, período em que os políticos puderam trocar de partido.
Com informações da CNN Brasil – adaptado pelo Blog do Branco.