Eleições 2022: nova bancada federal paraense e sua ressonância política

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  1. Alessandra Haber (MDB) – 258.907 votos (5,71%)
  2. Eder Mauro (PL) – 205.543 votos (4,53%)
  3. Elcione (MDB) – 175.498 votos (3,87%)
  4. Priante (MDB) – 167.275 votos (3,69%)
  5. Renilce Nicodemos (MDB) – 162.208 votos (3,58%)
  6. Júnior Ferrari (PSD) – 160.342 votos (3,54%)
  7. Dilvanda Faro (PT) – 150.065 votos (3,31%)
  8. Celso Sabino (UB) – 142.326 votos (3,14%)
  9. Antônio Doido (MDB) – 126.535 votos (2,79%)
  10. Keniston Braga (MDB) – 126.027 votos (2,78%)
  11. Andreia Siqueira (MDB) – 125.004 votos (2,76%)
  12. Joaquim Passarinho (PL) – 122.553 votos (2,70%)
  13. Delegado Caveira (PL) – 106.349 votos (2,35%)
  14. Olival Marques (MDB) – 102.435 votos (2,26%)
  15. Airton Faleiro (PT) – 79.862 votos (1,76%)
  16. Henderson Pinto (MDB) – 74.746 votos (1,65%)
  17. Raimundo Santos (PSD) – 62.366 votos (1,38%)

Composição partidária:

MDB: 9 cadeiras

PL: 3 cadeiras

PSD: 2 cadeiras

PT: 2 cadeiras

UB: 1 cadeira

Análise do Blog do Branco:

O MDB que tinha eleito dois deputados passando a ter três, após Olival Marques ter deixado o antigo DEM e ido para o partido dos Barbalho, agora triplicou a sua bancada, atingindo a impressionante marca de nove parlamentares eleitos, acima de qualquer projeção feita por cientistas políticos ou institutos de pesquisa. No caso, a conta máxima chega a seis eleitos, com um na “sobra”, somando sete. O MDB foi além disso, e terá controle sobre metade do parlamento federal paraense.

Outro fator interessante quando se compara a eleição de 2018 com a 2022 em relação à bancada federal paraense, é a considerável redução da representatividade dos partidos. Entre os 17 eleitos ontem, 02, correspondem a apenas cinco legendas, bem diferente quando os 17 eleitos de 2018, estavam distribuídos em 10 partidos.

Figuras importantes como Cássio Andrade, que tem o seu PSB voltado para o seu projeto de reeleição em Brasília, não conseguiu se manter no parlamento. Outra baixa foi a da família Bengtson, que controla o PTB no Pará, não conseguiu reeleger Paulo, mesmo com todo o apoio da Igreja Quadrangular.

O Psol perdeu a sua cadeira. Vivi Reis não conseguiu se reeleger, e nem Marinor Brito, que abriu mão de uma reeleição mais garantida no parlamento estadual, não integrou a bancada federal do Pará. O PT manteve seus dois assentos, com a reeleição de Airton Faleiro e a eleição de Dilvanda Faro, que ocupará a vaga deixada pelo seu marido, eleito senador da República.

O União Brasil elegeu Celso Sabino, que as pesquisas davam como certa a sua reeleição, por sua atuação de destaque em Brasília.

Outro que não se reelegeu foi Cristiano Vale, do PP. Uma reeleição que era dada como garantida, mas que não se renovou. O PL ganhou uma cadeira em comparação a 2018, passando a ter três assentos, com a eleição do Delegado Caveira, que deixa o parlamento estadual.

Fator Haber

Alessandra Haber, primeira dama de Ananindeua, se elegeu com quase 259 mil votos. Um resultado elogiável. Abriu uma diferença de quase 54 mil votos para o segundo colocado. Todas as pesquisas davam como certa a eleição de Alessandra, mas não se tinha a exata noção do seu quantitativo total de votos. A sua eleição diz muito sobre as eleições de 2024 e 2026, e não só por ela, mas por seu marido, o prefeito Daniel Santos. Que conseguiu eleger a esposa como a federal mais votada do Pará, e seu vice, Erick Monteiro, para deputado estadual. A chamada “República de Ananindeua” segue a sua estratégia. De certo, quem acompanha os bastidores políticos, sabe que Santos quer ser governador do Pará. Pretensão que não esconde de ninguém.

Ter feito a esposa a mais votada do Pará, fortalece Daniel que, mesmo dentro do MDB, mostra independência em relação aos Barbalho. A corda tende a se tencionar. A ver.

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