Eleições 2024: como esperado, Helder terá candidato próprio em Belém

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A coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, afirmou que o governador do Pará, Helder Barbalho, do MDB, anunciará nas próximas semanas que será o seu candidato a prefeito de Belém. E o nome escolhido será do seu próprio partido.

Tal afirmação do citado periódico diário que apresenta como “ar” de novidade, na verdade, só é a confirmação do que se esperava, inclusive tratado diversas vezes no Blog do Branco. O mandatário estadual que apoiou em 2020 a candidatura de Edmilson Rodrigues no segundo turno, o fez pelas circunstâncias políticas do momento, evitando que uma candidatura bolsonarista, neste caso, de Everaldo Eguchi, vencesse na capital.

Todavia, após o início do governo Edmilson, ficava claro que Helder não iria se alinhar ao prefeito da capital, isso desde os primeiros meses da gestão municipal. O MDB não governa Belém há décadas, e com a atual máquina estadual a todo o vapor, com elevado nível de popularidade (pelo processo de estadualização que Helder promove na capital), chegou o momento. Na disputa de 2020, o candidato do governo que é primo do mandatário estadual, o deputado federal Priante, terminou em terceiro, com 17% dos votos, mesmo com a máquina estadual operando fortemente a favor do citado parlamentar.

Desta vez, o cenário é altamente favorável à estratégia do governador. Primeiro, porque a gestão de Edmilson vive continuamente momentos difíceis no que diz respeito à popularidade. Há um consenso, inclusive interno, de que a gestão psolista na capital (única governada pelo partido) está fadada ao fracasso eleitoral. Segundo, Helder se tornou muito “maior” politicamente, com grande projeção nacional e com entrada internacional, o que torna muito mais fácil eleger um prefeito de seu grupo.

Candidatura bolsonarista

Pesquisas eleitorais apontam que nomes do lado bolsonarista, com maior visibilidade ao deputado federal Éder Mauro, do PL, podem, no mínimo, garantir o segundo turno, quiçá vencer a eleição, o que seria uma tragédia política ao governador, que poderá eleger 100 prefeitos de sua base, mas sem ter o controle do maior colégio eleitoral paraense (podendo perder também Ananindeua, caso Daniel saia do MDB e se filie a uma legenda da oposição). Por isso, a pressa em por parte do governador, em lançar um nome.

Quem poderá ser?

O que se fala é que na mesa de Helder há, pelo menos, quatro nomes: Hana Ghassan, atual vice-governadora e que já foi escolhida para suceder Helder, todavia, os planos do mandatário estadual podem ter mudado; José Priante, deputado federal e que já concorreu ao Palácio Antônio Lemos; Igor Normando, deputado estadual licenciado e atual secretário estadual de Cidadania; fechando a possível lista, o deputado estadual Zeca Pirão, que vem liderando alguns levantamentos.

Tirando o nome de Priante, os três citados, carregam consigo o “ar” de novidade tão destacado na coluna. Aguardemos.

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