Eleições 2024: em Marabá, a turbidez do cenário político começa a dar lugar à claridade

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Anteontem, 08, viralizou nas redes sociais um vídeo em formato publicitário, gravado do governador Helder Barbalho ao lado do deputado estadual Chamonzinho, ambos do MDB, em que o mandatário estadual trata das ações de seu governo em Marabá, tendo como “elo de ligação” o citado parlamentar.

A mensagem, mesmo de forma indireta, deixa claro a intenção: lançar o deputado estadual Chamonzinho como pré-candidato a prefeito de Marabá. Qual intuito do governador em aparecer e dividir o protagonismo com o ex-prefeito de Curionópolis? Seria, então, um primeiro episódio de uma sequência de peças publicitárias em que parlamentares emedebistas aparecem ao lado de Helder em inserções locais, nas bases desses parlamentares.

Ou seria – o que a obviedade nos faz entender – a ação, de forma indireta, de pré-lançamentos de nomes às prefeituras mais importantes do Pará, como no caso de Marabá.

Em Marabá, o deputado estadual Chamonzinho lidera as pesquisas feitas até o momento. Ele é do MDB, integra, portanto, o projeto dos “cem” que Helder colocou como a maior meta nesse processo eleitoral e que, ao mesmo tempo, vem lhe causando grande desgaste junto à sua base política. Com a pré-candidatura bolsonarista do deputado Toni Cunha, do PL, em crescimento, não cabe ao governador escolher outro nome que não seja o de Chamonzinho.

Tião escolheu sucessor 

Como esperado, o prefeito de Marabá, Tião Miranda desistiu da escolha de seu vice, Luciano Dias, ambos do PSD, que, de fato, não “decolou” nas pesquisas. O nome escolhido pelo atual mandatário marabaense é o de Fábio Moreira,  seu ex-secretário municipal de Viação e Obras Públicas (Sevop), seu homem de confiança, e que estava à frente da citada pasta desde 2017. O ungido é filiado ao PSD.

O que se diz é que a escolha de Tião (que poderia escolher apoiar Chamonzinho em acordo com Helder ou com Toni Cunha em uma possível indicação de ruptura com o mandatário estadual) foi, digamos, um meio termo. Indica certa independência do cerco político do Palácio do Governo, mas sem romper relação com o governador. Sob o ponto de vista político-eleitoral, poderá até ajudar o candidato do MDB, pois Fábio Moreira tende a tirar votos de Toni Cunha.

Pelo visto, e como dito no título deste artigo, o cenário político-eleitoral marabaense começa a ficar menos turvo e mais transparente. A conferir.

Imagem: reprodução Internet. 

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