Conforme anunciado ontem pelo jornalista Marcelo Marques em seu “Bacana News”, o PP (Partido Progressista) comandado hoje pelos irmãos Salame, fechou apoio à candidatura de Helder Barbalho ao governo do Pará. A adesão da referida legenda ao projeto político dos Barbalho era esperada. João Salame, ex-prefeito de Marabá mantém estreita relação com o ex-ministro (com influência de Helder, além do irmão deputado, em agosto de 2017, Salame assumiu o cargo de diretor do Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde).
Conforme anunciado pelo “Bacana News”, a chapa terá três candidaturas ao Senado Federal: Jader Barbalho (disputando à reeleição); Zequinha Marinho (PSC) e o ex-senador tucano, hoje no PP, Mário Couto. Lembrando que serão duas vagas em disputa.
O arranjo político-eleitoral anunciado na matéria excluí a possibilidade de qualquer outro acordo com alguma legenda que possa incluir candidatura ao Senado. Portanto, o PR (Partido da República) controlado pelos Vale, não deverá colocar em prática o seu plano inicial: Lúcio, hoje deputado federal, iria se candidatar ao Senado, abrindo espaço para o retorno do pai à Câmara dos Deputados.
A situação que deverá ser decidida nas próximas semanas (MDB marcou a sua convenção no próximo dia 04 de agosto, em Belém) é quem será o candidato a vice-governador na chapa de Helder? Entre as possíveis alianças, e levando em consideração a capilaridade eleitoral do PR, ainda se cogita que Lúcio Vale, hoje no seu quarto mandato de deputado federal, possa ser o candidato a vice-governador. Se isso se concretizar, estará se quebrando uma lógica que vem se perpetuando em diversas eleições ao governo do Pará: os candidatos a vice-governador sempre são de base política das regiões sul, sudeste e oeste do Pará.
Se o candidato a vice-governador na chapa de Helder Barbalho for da Região Metropolitana de Belém (RMB) ou do nordeste paraense, quebrando a lógica; poderá ser a montagem de outra estratégia, a do ataque ao alto índice de rejeição que o ex-ministro ostenta aos arredores da capital do Pará.
O atual cenário político-eleitoral de Helder Barbalho ao governo do Pará em relação a 2014, mudará pouco. O ex-ministro deverá ter a maioria dos votos nas regiões sul, sudeste e oeste do Pará, voltando a perder na RMB e no nordeste paraense. O que o grupo político liderado pelos Barbalho precisa é diminuir ao máximo o índice de rejeição a Helder na RMB e arredores, que reúnem o maior colégio eleitoral do Pará, e que foi determinante na virada que culminou com a derrota dos Barbalho no segundo turno, em 2014.