Início do veraneio acende alerta para pipas na fiação elétrica

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Equatorial Pará já registrou 1.801 ocorrências causadas por pipas de janeiro a maio de 2023.

O verão amazônico começou, as praias surgiram e uma brincadeira passa a ser frequente nesta época do ano: empinar pipas. No entanto, a recreação foi responsável por 7.031 ocorrências em todo estado no ano de 2022. Em 2023, de janeiro a maio, a Equatorial Pará já registrou 1.801 reclamações de falta de energia que tinham como causa as pipas que ficam presas na rede elétrica.

No mês de maio, municípios da região Sul e Sudeste começaram a apresentar as primeiras ocorrências causadas por pipas. Em Marabá foram 27 casos; em Parauapebas houve 8; em Tucuruí 6, Redenção registrou 5 e Xinguara 3. Devido a temporada de verão, a distribuidora de energia alerta que esses números podem aumentar e orienta a população sobre os riscos.

A técnica de Segurança da Equatorial Pará, Natália Pirovano, comenta sobre os inúmeros transtornos que a brincadeira pode causar, tanto para quem está empinando pipa quanto para quem não tem nada a ver com a situação. “O principal é a interrupção do fornecimento de energia elétrica. As pipas causam o rompimento dos cabos pelas linhas que usam cerol, também conhecida por chilena”, explica.

Além disso, as pipas ficam enroscadas na rede elétrica e podem provocar desgastes nos fios, e levar a curtos-circuitos em dias úmidos. “Na tentativa de resgatar uma pipa enroscada na fiação, também pode ocorrer desligamentos no fornecimento, além de causar acidentes. É que, caso a pipa fique presa em um equipamento da rede elétrica, a pessoa pode tomar um choque de até 13.800 volts”, alerta Natália.

Vale lembrar que o uso de cerol (mistura de cola, limalha e vidro moído) ou da “linha chilena” é considerado crime pelo Código Penal Brasileiro. Além disso, ano passado, o Estado do Pará proibiu o uso, armazenamento, fabricação e venda de linhas com cerol, por meio da lei nº 9.597, de 20 de maio de 2022.

A formulação do cerol pode conter limalha de ferro, substância que provoca curtos-circuitos e choques. Esses tipos de linha também são um risco para ciclistas, motociclistas e a população em geral.

Outras orientações que devem ser seguidas à risca:

– Não solte pipas em canteiros centrais de ruas, avenidas, rodovias ou qualquer lugar onde exista fluxo de veículos;

– Linhas metálicas não devem ser usadas no lugar da linha comum. Nunca use cerol ou a linha “chilena”, elas são proibidas por lei e causam acidentes;

– Não utilize papel alumínio na confecção da pipa. É perigoso, pois este material em contato com os fios provoca curtos-circuitos;

– Caso a pipa enrosque nos fios, é melhor desistir do brinquedo. Tentar recuperá-la representa sério risco, assim como tentar remover a pipa com canos ou bambus;

– Não solte pipa em tempo nublado, principalmente se tiver com chuva. Ela pode funcionar como para-raios, conduzindo energia;

– Não é indicado subir nas lajes das casas para empinar pipa, qualquer distração pode causar uma queda;

– Tenha cuidado com ciclistas e motociclistas, pois as linhas não podem ser vistas e linhas de cerol ou reforçadas podem causar graves acidentes.

Com informações e imagem da Ascom Equatorial Pará. 

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