Depois de pouco mais de nove meses de gestão, o governo Darci Lermen, promoveu a primeira troca em seu 1º escalão. O médico Francisco Cordeiro deu lugar ao agora vereador licenciado, José das Dores Couto (PMDB), conhecido popularmente como “Coutinho”, que por sua vez, eleva à sua cadeira o suplente Rafael Ribeiro (PMDB), que assumirá o mandato na próxima semana (26).
A mudança já vinha sendo “construída” há semanas. A troca requer cuidados que perpassam por procedimentos operacionais da pasta; arranjos políticos e recomposição da base governista no Poder Legislativo (levando em consideração que na prática não há oposição ao Palácio do Morro dos Ventos naquela Casa de Leis). Enfim, aconteceu.
De fato, na prática, Cordeiro não conseguiu imprimir um ritmo de trabalho esperado à frente da Secretaria de Saúde. A área continuava a apresentar problemas recorrentes (mesmo estando em caráter de emergência, o que derruba a burocracia) além de diversas denúncias de pagamento indevido, prestação de serviços que não foram realizados, etc.
Coutinho tem grande influência junto ao prefeito Darci e reconhecida habilidade política, além de conhecimento de gestão pública. Deixou a Câmara Municipal sendo líder do governo para assumir uma das secretarias mais complexas e difíceis de gerir. Colocou o seu nome e trabalho à prova em nome no governo e de sua relação com o mandatário municipal. Terá a missão de recolocar a saúde pública municipal em ordem, combatendo algumas ilicitudes, sobretudo, na polêmica folha de pagamento.
No chamado “Palácio Azul”, Rafael Ribeiro será o vereador mais novo e o único “filho” de Parauapebas que assumiu mandato no Poder Legislativo parauapebense. Terá, se tudo se mantiver na atual ordem constituída, pouco mais de três anos para desenvolver bom trabalho, a exemplo do que vinha fazendo na Coordenação Municipal de Juventude (CMJ).
Outras mudanças estão sendo analisadas pelo “núcleo duro” do governo. Nove meses se passaram, a pressão aumenta, a cobrança para que as promessas de campanha sejam cumpridas é recorrente e o principal: gerar oportunidades.
Claramente o governo precisa de unidade. Parece mais um bando de feudos, cada secretaria com o seu grupo político, que parece tomar as suas próprias decisões e ações em caráter de interesse pessoal, de quem comanda essas pastas. Darci, em doses homeopáticas vai alterando algumas peças de sua gestão e consequentemente o tabuleiro político da “capital do minério”.
Sem ainda conseguir gerar as prometidas oportunidades, outras mudanças virão. Boa sorte a José das Dores.
Imagem: Picunhão.