Um grupo de parlamentares democratas dos Estados Unidos propôs uma emenda para barrar o envio de recursos da Defesa para o Brasil caso os militares interfiram nas eleições deste ano. A proposta, assinada pelos deputados Tom Malinowski, Albio Sires, Joaquin Castro, Susan Wild, Ilhan Omar e Hank Johnson, prevê um corte da “assistência de segurança” dos Estados Unidos ao Brasil se as Forças Armadas:
- interferirem, pararem ou obstruírem a contagem de votos;
- manipularem, buscarem manipular ou derrubarem o resultado das eleições;
- fizerem um esforço coordenado de comunicação para minar a confiança do público nas autoridades eleitorais;
- usarem as mídias sociais ou outros meios de comunicação para tentar influenciar a validade do resultado das eleições;
- encorajarem, incitarem ou facilitarem revoltas relacionadas ao processo eleitoral, antes e depois das eleições.
A decisão deve ser tomada com base em um relatório do Secretário de Estado, principal diplomata do país, sobre a atuação dos militares nas eleições brasileiras. A autoridade deve concluir o documento em até 30 dias após a promulgação do texto. A iniciativa é uma proposta de emenda ao Ato de Autorização para a Defesa Nacional, peça legislativa votada todos os anos para aprovar os gastos militares do país. Em março, o presidente Joe Biden propôs o maior orçamento militar em tempos de paz da história dos EUA: US$ 813 bilhões.
O valor e as emendas ainda serão analisados em conjunto pelo Senado e pela Casa dos Representantes dos EUA (equivalente à Câmara dos Deputados brasileira), em data a ser anunciada. No mês passado, Biden encontrou o presidente Jair Bolsonaro (PL) pessoalmente pela primeira vez durante o mandato. Os dois participaram da Cúpula das Américas, em Los Angeles. Na ocasião, o norte-americano elogiou a democracia brasileira. Bolsonaro também afirmou que deixaria o governo de forma democrática.
Com informações do Uol.
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