A reimposição de sanções internacionais ao Irã tornaria a “situação” sobre seu programa nuclear mais complexa, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores iraniano, Kazem Gharibabadi, citado pela mídia estatal nesta terça-feira (22).
Ele falava antes de uma reunião na sexta-feira (25) com três países europeus conhecidos como E3 — Reino Unido, França e Alemanha.
O E3 afirmou que, se não houver progresso até o final de agosto em relação ao programa nuclear iraniano, invocará um mecanismo de “retorno” — um processo que reimporia as sanções da ONU a Teerã, suspensas por um acordo de 2015 em troca de restrições ao programa nuclear iraniano.
“Expressaremos nossa posição em relação aos comentários do E3 sobre o mecanismo de retorno, que acreditamos não ter nenhum fundamento legal”, disse Gharibabadi, referindo-se à reunião de sexta-feira em Istambul. “Ainda assim, nosso esforço será para ver se conseguimos encontrar soluções comuns para administrar a situação.”
Os três países europeus, juntamente com a China e a Rússia, são as partes restantes do acordo nuclear de 2015 — do qual os Estados Unidos se retiraram em 2018.
“Já faz sete anos que o acordo nuclear não está sendo implementado pelos europeus após a saída dos EUA. Como eles podem argumentar que o Irã não está cumprindo o acordo se eles próprios não o fizeram?”, acrescentou a autoridade.
Teerã nega buscar uma arma nuclear e afirma que seu programa nuclear se destina exclusivamente a fins civis.
Por Timothy Heritage, da Reuters
Imagem: Fatemeh Bahrami/Anadolu Agency/Getty Images



