Em entrevista no último domingo (31) ao jornalista Andrés Oppenheimer, da CNN, Milei foi questionado se adotaria medidas para “promover a democracia” na Venezuela.
“Aqui [na Argentina], o governo anterior não teria condenado uma ditadura. Então, por princípio, nós [Argentina, Peru, Uruguai e Costa Rica] fizemos uma condenação enfática que levantou esses alertas e, obviamente, se nós tivermos que ir adiante com sanções, eu não teria nenhum tipo de problema com isso”, respondei Milei.
Rebatendo a posição do argentino, Maduro diz que o que chegou ao poder com Milei na Argentina “foi o fascismo, o sionismo, que é o novo fascismo”.
“Agora Milei fala sobre como vai liderar uma cruzada para que a Venezuela seja sancionada, cercada e espancada”, disse o presidente durante entrevista em seu programa intitulado “Maduro Podcast”.
Em sua entrevista com a CNN, o líder argentino falou, ainda, em “carnificina sem precedentes” na Venezuela, e comparou o país de Maduro à “ilha-prisão de Cuba”, além de acusá-lo de promover uma ditadura.
Maduro, na presença de convidados no programa, argumentou que o novo governo argentino deixou o país sem os “símbolos da Argentina rebelde e profunda”, e que há tentativas de derrubar outros nomes marcantes na política, citando o caso da ex-presidente Cristina Kirchner, que teve uma arma apontada para o seu rosto em tentativa de assassinato por um brasileiro em setembro de 2022.
O rival de Milei, contudo, disse ter confiança no povo argentino.
“[O povo argentino] é o povo de San Martín, assim como o nosso povo venezuelano é o povo de Bolívar, tivemos os dois grandes libertadores da América do Sul e do norte da América do Sul.”
Com informações de CNN Brasil.
Imagem: Instagram Nicolas Maduro.