A pré-candidatura ao Senado Federal da atual secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal (Rede) está embaralhando o tabuleiro político paraense. Tudo porque, a sua pretensão política, até o momento, cria barreiras para que outras pré-candidaturas possam tomar forma, além de poderem contar com o apoio direto e/ou indireto do governador Helder Barbalho (MDB).
Conforme analisado em outros artigos publicados por este Blogger, dois nomes despontam como opções a receberem apoio do mandatário estadual poderá apoiar: Manoel Pioneiro (PSB) e Beto Faro (PT), ambos se colocam como pré-candidatos ao Senado Federal e propagam por onde andam que contam com o apoio de Helder. Será?
Faro cobra apoio por ter levado o Partido dos Trabalhadores em peso para apoiar o projeto de reeleição de Barbalho; Pioneiro por ter “facilitado” a vida político-eleitoral de Daniel Santos na disputa pela Prefeitura de Ananindeua, cumprindo, portanto, a estratégia política de Helder (assunto tratado por diversas vezes pelo Blog do Branco).
A questão é: se Ursula mantiver a sua candidatura ao Senado, incluindo a possibilidade de filiação ao MDB, o governador ficaria na desobrigação de apoiar outros nomes, pois teria uma correligionária na disputa. Resta saber se, de fato, os números divulgados pela pesquisa do Instituto Mentor, que abriu as fileiras dos levantamentos registrados no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Pará, em relação às eleições de 2022.
O levantamento foi registrado sob o número PA-08998/2022, com levantamento de campo (aplicação de formulários) em três municípios da Região Metropolitana de Belém (RMB): Belém, Ananindeua e Marituba, que somam, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2,5 milhões de habitantes. Fica a questão: e no resto do território paraense? Tirando o entorno da capital, Vidal se tornaria viável eleitoralmente, a ponto de receber sozinha o apoio de Helder? O governador iria criar atrito com Faro e Pioneiro, fomentando instabilidade em sua base?
Ursula filiou-se primeiramente no PPS, depois migrou para a então recém criada Rede, agremiação partidária formada com a maioria dos dissidentes do Partido Verde; depois ingressou no Psol, para em seguida retornar à Rede. Portanto, uma possível saída para ingressar ao MDB – possibilidade ventilada nos bastidores – não será surpresa. Se a sua candidatura realmente vingar, poderá, quem sabe, ser uma “mão na roda” para o atual mandatário estadual. Ou como já ocorrido em outras disputas, não se tornar viável no decorrer do processo. A ver.
Imagem: reprodução Internet.