Como já foi apresentado diversas vezes neste veículo, o prefeito de Marabá, Tião Miranda, do PSD, já escolheu o seu sucessor: Luciano Dias, seu vice-prefeito. A questão é que o pretensioso pré-candidato da máquina marabaense não consegue crescer nas pesquisas. O motivo é simples. Dias carrega um fardo pesado nas costas: defender uma gestão impopular, o que não lhe permite crescer. A situação para o atual grupo político de Tião é preocupante.
Mais um fato reforça essa situação política difícil de Luciano e Tião: na sessão ordinária da última terça-feira, 17, da Câmara Municipal de Marabá, o vereador Aerton Grande (Solidariedade), que é o líder do governo na Casa de Leis, perdeu a paciência com a gestão que defende perante seus pares. O discurso ácido foi voltado à Secretaria de Segurança Institucional (SMSI), em que o citado edil denunciou o descaso gerencial que se promove naquela pasta, afirmando que o gestor da área não tem autonomia para nada, assim como acontece com outros secretários. Tudo é centralizado na mesa de Tião Miranda.
Outro vereador que endossou o coro de críticas à gestão Miranda foi Frank do Jardim União, também do Cidadania, que subiu com o descaso promovido na SMSI, que vem, segundo ele, custando vidas. A insatisfação até do líder de governo caiu como uma bomba no gabinete de Tião. O receio é que a base governista no parlamento comece a ruir, o que poderá fazer piorar a situação política e futuramente eleitoral, por exemplo, de Luciano.
Outros vereadores da base governista no referido expediente legislativo, também manifestaram descontentamento em relação à gestão municipal, com uma narrativa quase unânime de que falta autonomia aos secretários municipais. O que leva a entender que Tião Miranda governo com “mão de ferro”.
Em meio a uma gestão impopular, com um prefeito mal avaliado, sem conseguir tornar o seu escolhido para lhe suceder uma possibilidade viável, o grupo político de Tião Miranda vive sob intensa pressão e receio do futuro. Dizem que alguns pensam em “pular fora do barco”.
Alheio a tudo isso, mas monitorando os movimentos, segue o deputado estadual Chamonzinho, do MDB, que lidera às pesquisas eleitorais, se dando o “luxo” de decidir se quer ou não deixar o parlamento estadual e se tornar o mandatário de Marabá.
Imagem: O Antagônico.