Marabá: Toni Cunha aposta no embate com a CMM, todavia entra perdendo de partida

A relação entre o prefeito Toni Cunha e a Câmara Municipal de Marabá, como se sabe, anda tensa. Agora, com a tentativa de reduzir o pagamento das emendas impositivas, a situação chegou a um novo patamar de conflito.

As emendas parlamentares são instrumentos importantes para os vereadores. Elas financiam projetos, beneficiam comunidades e fortalecem a atuação política de quem está na base. Reduzi-las é, na prática, comprar uma briga direta com todos os parlamentares de uma só vez

Mas Toni não apenas subestima o Legislativo, como parece provocar a Câmara de forma constante, alimentando um desgaste que só enfraquece sua própria gestão, além de minar à sua própria popularidade.

Toni precisa acordar para o óbvio: o atual prefeito ainda não entendeu que a eleição acabou. Depois de 6 de outubro, o jogo muda. E quem tem visão política já estaria repetindo aquela velha máxima: “A política é a arte de engolir sapo com sorriso no rosto”.

Só que, em vez de articulação, Toni escolheu a truculência. E se ele acha que isso soa como força, alguém da comunicação dele precisa avisar: já está soando como desespero. Outro ponto: em emenda parlamentar… Nem os loucos mexem.

Entre vaidade, ego e uma dose preocupante de soberba, Toni entrou numa batalha desnecessária. Como dizem por aí: “isso é coisa de amador.” Pior: foi para a guerra com a Câmara sem ter soldados. Para alterar as emendas, seriam necessários no mínimo 14 votos — algo que ele claramente não tem. E, o mais grave: nem parece interessado em dialogar.

Resultado? Perdeu antes mesmo de começar. A derrota está desenhada, e o estrago político, em curso. Agora, só nos resta acompanhar os próximos capítulos dessa guerra de vaidades. Mas uma coisa é certa: quem tenta governar sozinho, acaba isolado. E em política, isolamento é o caminho mais rápido para o fim.

Imagem: fotomontagem

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

#veja mais

A dialética esquizofrênica

Duas semanas se passaram desde a vitória de Jair Bolsonaro, e o que se viu até aqui foi uma verdadeira esquizofrenia dialética vinda de todos

FAP 2017 e a disputa pelo governo do Pará

A FAP 2015, ano pré-eleitoral, escancarou a disputa política que o município de Parauapebas teria no ano seguinte, em 2016. Naquele ano, o maior evento

COP30: Manifesto Amazônico cobra protagonismo de povos tradicionais e restauração socioambiental por territórios

Durante o painel “Caminhos para uma restauração socioambiental justa para povos e comunidades tradicionais”, realizado nesta sexta-feira (15), na AgriZone, espaço da Embrapa na COP30,

Eleições 2024: em Redenção a eleição está polarizada entre Dr. Renner e Gabriel Salomão

Em REDENÇÃO, município localizado na região Sudeste Paraense, a DOXA foi a campo para colher o humor do eleitor do município. É a segunda pesquisa

Passa a valer o novo Salário Mínimo

Entrou em vigor nesta segunda-feira (01) o novo valor do salário mínimo, que passou de R$ 1.302 para R$ 1.320 – ou seja, um aumento

Equatorial ainda não apresentou plano de ação contra apagões em Canaã dos Carajás

Apesar dos apelos da comunidade e do compromisso assumido com a prefeitura de Canaã dos Carajás, a concessionária de energia Equatorial ainda não apresentou o