Mineração: Vale tem lucro de US$ 6,2 bilhões no segundo trimestre de 2022

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A mineradora Vale registrou um lucro de US$ 6,2 bilhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), informou a mineradora ao mercado nesta quinta-feira (28). O número representa um recuo de 18% no ano, mas ficou acima do consenso Refinitiv, que previa um lucro de US$ 3,88 bilhões. O lucro de operações continuadas atribuídos aos acionistas da Vale, no entanto, ficou em US$ 4,09 bilhões.

A receita entre abril e junho foi de US$ 11,1 bilhões entre abril e junho, menor do que os US$ 16,5 bilhões registrados em igual período do ano passado e pouco aquém do consenso de US$ 11,3 bilhões. A companhia justifica o recuo desse número, majoritariamente, pela queda do preço do minério de ferro.

O lucro antes de juros, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de US$ 5,5 bilhões, ante US$ 6,37 bilhões registrados em igual período do anterior. A projeção, segundo consenso Refinitiv, era de um Ebitda de US$ 5,826 bilhões. A margem Ebitda ficou em 47%, aquém dos 68% registrados no segundo trimestre do ano passado e caindo 10 pontos percentuais frente aquilo registrado entre janeiro e março de 2022.

Na frente de ferrosos, o Ebitda foi de US$ 5,1 bilhões, caindo US$ 655 milhões na base trimestral – com o preço médio realizado de US$ 113,3 por tonelada, recuo de US$ 28,1 por tonelada na nesna base, e com o custo por caixa subindo para US$ 20,9, número US$ 2,2 acima do que a média do intervalo de janeiro a março. No frete, o salto dos gastos foi de US$ 3,2 por tonelada, para US$ 21,3, com maiores custos de bunker.

Em metais básicos, o Ebitda ficou em US$ 580 milhões, caindo US$ 148 milhões – principalmente por conta do recuo de US$ 203 milhões dos ganhos operacionais com o cobre.

Além da queda do minério, a companhia também viu suas despesas operacionais saltarem de US$ 662 milhões no primeiro trimestre para US$ 834 milhões. A Vale explica que apesar do pior desempenho operacional seu resultado foi impulsionado por um melhor fluxo de caixa livre, que chegou a US$ 2,29 bilhões.

A posição de caixa da companhia, no entanto, caiu US$ 1,45 bilhão, motivado, principalmente, pela gasto de US$ 2,5 bilhões na recompra de ações e pelo US$ 1,2 bilhão utilizado na aquisição de títulos de dívidas – a Vale fechou junho com uma dívida líquida de US$ 18,5 bilhões, caindo 4,14% na base sequencial mas crescendo 69,2% no ano.

Com informações InfoMoney. 

Imagem: reprodução Internet. 

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