O “Fantasma de 2014” ronda o clã dos Barbalho

A disputa ao governo do Pará começa – em sua reta final – a tomar contornos dramáticos com os novos acontecimentos que vieram à tona. Na manhã de hoje (18), a Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou a Operação Partialis, que investiga o desvio de recursos públicos federais destinados à aquisição de gases medicinais nas cidades de Marabá, Altamira e Brasília. Entre um dos presos estava o ex-prefeito de Marabá, João Salame, um dos coordenadores da campanha do candidato ao governo do Pará, Helder Barbalho (algo que foi desmentido pela assessoria de comunicação do candidato). Inegavelmente o caso respiga no ex-ministro pela ligação com o envolvido, mesmo que a relação não seja oficial, não há como desmentir a existência de estreita relação entre ambos. A oposição não perdeu tempo e já tenta ganhar politicamente sobre o fato. Resta analisar o impacto que isso terá no clã dos Barbalho, às vésperas de uma eleição.

Outro fato, novamente envolvendo pessoas próximas ao ex-ministro, ocorreu há duas semanas. Mais um coordenador de sua campanha (o que ainda não foi desmentido por sua assessoria até o momento de publicação deste texto, mas o que deverá ocorrer a exemplo do outro caso citado aqui) novamente, o ex-prefeito de Tucuruí, Parsifal Pontes, foi condenado pela prática de crime de responsabilidade quando atuava como gestor municipal, há quase duas décadas.

Segundo o Blog do Zé Dudu, veículo que divulgou com exclusividade a decisão judicial, a pena-base foi fixada em dois anos e quatro meses de reclusão. Por não ter antecedentes, o magistrado estabeleceu o regime aberto para o cumprimento da pena privativa de liberdade, substituindo-a por duas sanções restritivas de direitos, que são prestação de serviços à comunidade, pelo prazo de 840 horas de tarefa, a ser cumprida em entidade designada pelo Juízo da execução penal. E ainda pagamento de dez salários mínimos.

Helder venceu o primeiro turno com uma diferença de quase 700 mil votos. Margem que o colocou em considerável vantagem em relação ao seu adversário, Márcio Miranda, cenário bem diferente de 2014, quando Helder venceu Jatene por pouco mais de 51 mil votos. A questão é que a primeira pesquisa do Doxa deste segundo turno, apontou que essa considerável diferença entre ambos deixou de existir. Segundo o levantamento do citado instituto, o candidato do DEM, subiu nove pontos, baixando a diferença para apenas sete.

Pelo nível de acerto no primeiro turno e de outras eleições, o Doxa tornou-se um parâmetro neste segundo turno. Nenhum dos descontentes pelos números de sua primeira pesquisa neste segundo turno tentou desmentí-la. O sinal vermelho está ligado, e o “fantasma de 2014” parece rondar o clã dos Barbalho.

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

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