Após ter anunciado em alto e bom som que deixaria o Ministério do Turismo após algumas reuniões e ações da COP30, Celso Sabino voltou a decisão. Agora deixa claro que continuará à frente da pasta, mesmo com a ameaça de desfiliação do União Progressista (federação formada por União Brasil e Progressistas).
Como exposto em outro texto deste veículo, a questão de ficar ou sair é complexa. Se saísse, ou seja, deixasse o cargo de ministro do Turismo, Sabino perderia uma importante vitrine para o seu projeto político: ser senador da República. Sem o cargo, não teria condições de concorrer, lhe restando disputar a reeleição.
Por outro lado, se ficasse, seu projeto ao Senado continuará firme. Serão duas vagas e disputa. O MDB deverá lançar o governador Helder Barbalho e o atual presidente da Alepa, Chicão. Do lado da Direita, cogitasse que Eder Mauro ou Joaquim Passarinho possam se lançar.
Inegavelmente, Sabino, subiu de patamar político. Se tornou uma força independente, ou seja, fora do controle dos Barbalho e não ligado ao grupo político bolsonarista no Pará, o que não deixa de ser uma façanha política.
Segundo o jornalista Jeso Carneiro, de Santarém, foi firmado nos bastidores um “pacto”de não agressão entre Helder Barbalho e Celso Sabino. Disputarão as duas vagas, porém sem ataques a ambos.
Celso Sabino mostrou desde quando chegou em Brasília que sabe o que quer. Mostrou habilidade política para criar o seu próprio espaço, com independência. A sua inevitável expulsão do partido se tornou meramente um detalhe.
A disputa ao Senado, portanto, promete.
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